Servidores de Jucás mantêm mobilização iniciada na última semana contra mudanças no adicional de insalubridade das trabalhadoras e trabalhadores municipais que já recebem o valor e a favor da normalização das categorias que ainda não recebem.
Ontem (17), o coletivo paralisou as atividades laborais e realizou motocarreata com buzinaço pelas ruas da cidade.
Na última quarta-feira (10), categorias filiadas ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Jucás (SINDSEP-Jucás) iniciaram as paralisações em protesto contra proposta apresentada pela gestão municipal sobre o assunto.
A Lei de Insalubridade na CLT garante que o grau mínimo corresponde a adicional de 10%, o grau médio a 20% e o grau máximo a 40%. Proposta do executivo municipal prevê valores correspondentes de apenas 5%, 10% e 20% respectivamente.
Segundo Samara Lopes, presidenta do SINDSEP-Jucás, há três leis municipais que garantem o grau médio em 20%, mas a gestão insiste em uma nova lei que representa um retrocesso.
De acordo com a sindicalista, o SINDSEP-Jucás chegou a custear em 40%, em 2021, um laudo realizado por um engenheiro de Segurança do Trabalho que definiu quais categorias teriam o direito à insalubridade.
“A gestão municipal quer revogar as leis existentes e apresentar valores menores em mesmo grau. Ainda que afirmem que quem já recebe não teria prejuízo financeiro, trata-se de um retrocesso sem tamanho”, afirma Lopes.
Ainda segundo Samara, as mudanças afetariam profissionais da enfermagem, maqueiros e agentes de saúde e de endemias que já recebem o adicional de insalubridade. A novidade também traria prejuízos para as categorias que estão tendo esse direito negado há anos. O SINDSEP-Jucás tenta incluir entre os beneficiários motoristas de transporte escolar; motoristas da saúde; magarefes, mecânicos; assistentes sociais; garis; técnicos agrícolas e agropecuários.
“Nossa luta tem a força do coletivo, não vamos ceder ao retrocesso. Contamos, inclusive, com o apoio de outras categorias não afetadas e que se solidarizaram”, ressalta.