Servidores da área da Saúde de Jardim em greve fazem manifestação


Jardim. Servidores públicos lotados no setor da saúde deste município realizaram, ontem pela manhã, nova manifestação defronte à Prefeitura de Jardim. Em greve desde o último dia 23 de março, eles cobram, reajuste na ordem de 6,41% em seus vencimentos, bem como melhores condições para exercerem suas funções, garantindo, desta forma, maior qualidade no atendimento à população.


Conforme o Sindicato dos Servidores Públicos de Jardim (Sindijard), cerca de 80% dos profissionais que atuam no setor aderiram ao movimento paredista. Entre os grevistas, estão médicos, psicólogos, dentistas, enfermeiros, além de técnicos em Enfermagem.


A paralisação da categoria foi decidida em assembleia realizada pelo Sindijard, no dia 12 de março, após diversas tentativas de acordo com a Prefeitura. Nos posto de saúde e no Centro de Atendimento Psicossocial (CPAS), os serviços estão sendo realizados, apenas, por funcionários temporários de nível médio.


A paralisação não atingiu os serviços disponibilizados no hospital do município. Servidores que atuam na unidade decidiram manter o atendimento à população mesmo durante o período de paralisação.


Conforme a presidente do Sindijard, Francirleia Filgueira, uma comissão formada em assembleia esteve reunida com o setor financeiro da Prefeitura para que fosse apresentada a pauta reivindicatória da categoria. “Nós estivemos reunidos com o contador da Prefeitura e, na ocasião, foi solicitado um prazo para que o município pudesse avaliar o impacto financeiro que o reajuste ocasionaria aos cofres da municipalidade. O prazo, no entanto, já venceu e, até agora, ninguém dá uma satisfação aos servidores”, desabafou.


Ela afirma que a entidade tem procurado manter um canal de diálogo aberto com a prefeita do município, Ana Leda Luz, com o objetivo de que um consenso possa ser encontrado sem prejuízos aos servidores e ao próprio município. No entanto, afirma a sindicalista, a gestora tem se recusado a receber os grevistas. “Desde que a greve foi iniciada se tenta uma reunião com a prefeita. Ela, porém, não dá a menor importância ao movimento e não demonstra preocupação alguma em nos receber”, afirma Francirleia Filgueira.


A presidente do sindicato denuncia a prefeita do município de Jardim de tentar diminuir a participação dos servidores ao movimento por meio da prática de assédio moral. “A informação que temos é de que ela mandou que fossem feitas sondagens nos locais de trabalho prometendo cortar o ponto dos funcionários que tivessem aderido ao movimento grevista. Há muitas reclamações e denuncias de servidores neste sentido. Muita gente está com medo de ser prejudicado por esse tipo de ação e por conta das ameaças feitas”, disse.


A secretária de Saúde do Município de Jardim, Ana Hérica Oliveira Rangel da Luz, avaliou que a paralisação dos profissionais vem ocasionando um déficit significativo nos serviços que precisam ser prestados à população local. Segundo ela, embora o atendimento no hospital municipal permaneça sem maiores dificuldades, em postos de saúde localizados na sede e nas regiões interioranas os atendimentos estão precarizados.


“O prejuízo existe, evidentemente. Apenas os servidores de nível médio estão atuando. Isso atrapalha a qualidade dos serviços e ocasiona constrangimentos junto à população que precisa ser atendida e, por causa da greve, acaba não encontrando os profissionais nos locais onde o trabalho deveria estar sendo realizado”, avaliou.


Segundo a secretária, a Prefeitura realiza, desde a semana passada, estudos financeiros com a finalidade de atender às reivindicações dos grevistas. No entanto, há dificuldade de atendimento ao pleito por conta da falta de recursos no município. “Não é só aqui em Jardim. Na maioria dos municípios de pequeno porte, não há dinheiro para que as ações sejam realizadas. O recurso destinado pelo Ministério da Saúde é insuficiente para que seja realizado o pagamento da folha dos servidores e para efetivar as melhorias que também são cobradas por eles. A situação financeira dos municípios é realmente muito preocupante”, observou a secretária.


Desconhecimento


Sobre o fato de a prefeita não receber os grevistas, a secretária disse, apenas, desconhecer a informação. A reportagem tentou ouvir a prefeita do município de Jardim, Ana Leda Luz, no número repassado pela assessoria da gestora. O celular da prefeita, porém, estava desligado ou fora da área de cobertura até o fechamento desta edição.


Fonte: Fetamce


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