“Os Profissionais do Magistério da Educação Básica do Município de Campos Sales, liderados pelo sindicato representante da referida categoria profissional vem em público denunciar à população, à Sociedade Civil, aos pais e aos alunos e a comunidade Campossalense, ao mesmo tempo que lançamos O NOSSO REPPÚDIO à intransigência do Prefeito e seus assessores pela forma como vêm se comportando diante do movimento destes profissionais na luta por melhores salários e condições de trabalho.
O Sindicato representante da categoria representada, desde o mês de fevereiro de 2012, encaminhou à administração municipal minuta propondo os índices de reajustes salariais aos servidores.
Durante todo esse período o sindicato tentou abrir um canal de negociação com o gestor municipal, buscando um entendimento e juntos encontrarem uma solução para a questão salarial da categoria. Tudo sem êxito.
Não é segredo para a população de Campos Sales que os profissionais da educação de nível superior não recebem um único centavo de reajuste nos respectivos salários, desde o ano de 2011, apesar do aumento superior a 35% dos repasses do FUNDEB aos cofres do município, naquele ano.
O dinheiro repassado pelo Tesouro Nacional saltou de R$ 9.620.418,13 em 2010 para R$ 12. 895.676,61 e a estimativa para o ano de 2012 é de R$ 13.272.108,77, podendo chegar a mais de R$ 15.000.000,00, dependendo do índice de variação que ocorrer durante o ano.
Portanto, a proposta de 8% de reajuste salarial do executivo viola o principio de valorização da carreira do magistério, prevista na lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional e, a além de desrespeitosa agride a inteligência da população e da categoria representada.
O Prefeito precisa explicar à sociedade aos pais de alunos e à população em geral qual o destino que será dado aos recursos recebidos para a manutenção e desenvolvimento da educação básica, pois as nossas crianças precisam de um ensino de qualidade e o dinheiro existe.
Os números revelam que na estimativa do FUNDEB existe folga para atender às reivindicação dos profissionais do magistério, sem que o prefeito tenha necessidade de lançar mão de outros recursos para complementação da folha de pagamento.
Portanto, se continuar a resistência em conceder o reajuste de 12% reivindicado pelos Profissionais do Magistério o Prefeito tem o dever de esclarecer a população e aos pais dos alunos o que pretende fazer com a sobra de R$ 5.308.843,37, previsto na planilha que apresentou a categoria.
Os profissionais do magistério não aceitam 8% de reajuste e continuam firme na proposta de 12% e dele não abrem mão nem a PAU SEU JUVENAL.”
Maria do Socorro da Silva
Presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Campos Sales
Fonte: Fetamce