II Jornada do Trabalho Decente: servidores debatem como denunciar o assédio moral


A segunda mesa de quinta-feira (22/11), realizada na tarde de ontem, durante a II Jornada Estadual do Trabalho Decente, aprofundou a discussão sobre os impactos do assédio moral diretamente na saúde do trabalhador e as formas de denunciá-lo. O evento é realizado no Praiano Hotel, em Fortaleza.


O primeiro a falar foi o coordenador do departamento jurídico do Sindicato dos Bancários do Ceará e advogado do Sindicato dos Jornalistas no Estado do Ceará (Sindjorce), Carlos Chagas, que tratou o Assédio Moral como uma questão ligada à forma de organização do trabalho na contemporaneidade, com altos grau de competitividade e que, além da relação entre chefe imediato e sulbalterno, pode levar a situações de assedio moral entre trabalhadores do mesmo grau de hierarquia. “Porque focar o assédio moral? Pois a violência causa traumas profundos, chegando a danos psíquicos e pode levar até o suicídio. É extremamente necessário políticas de criminalização e combate. Desde 2009 há a expectativa que ele se criminalize, no Congresso, com a criação de cadastro de empresas assediadoras, para prevenir que estas inclusive recebam incentivos públicos”. O advogado ainda fez a diferenciação entre Assédio Moral e dano moral, sendo o primeiro sistemático e o segundo uma violência de ordem moral pontual.


Na seqüência, a advogada e assessora técnica do Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), Vanzett Alencar, falou sobre a importância da entidade que representa, que presta suporte técnico-científico para o pleno funcionamento da rede estadual de atenção à saúde do trabalhador no Sistema Único de Saúde e, assim, contribuir para a promoção, proteção e recuperação da saúde dos trabalhadores. O Cerest é vinculado à Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, e faz parte de Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST), do Ministério da Saúde, com um conselho gestor formado por entidades sociais e entes governamentais. Vanzett disponibilizou estrutura do Centro para os municípios, explicando que “o Cerest disponibiliza uma equipe multiprofissional que realiza diagnóstico, indicando se as doenças ou sintomas das pessoas atendidas estão relacionados com as atividades profissionais que elas exercem. O Cerest é do trabalhador”, explica a advogada.


Fechando os debates da mesa, a presidenta da CUT_CE, Joana Almeida, trouxe uma análise da evolução da política de combate ao assédio moral e o papel dos sindicatos. Joana explicou que é necessário “alcançar a valorização de todos os trabalhadores, para que eles reconheçam seus direitos e juntos possam promover o respeito à diversidade, à cooperação e ao trabalho em equipe, com a consequente conscientização dos gestores público sobre a necessidade de construção de um ambiente de trabalho saudável”, completa a liderança cutista.


Assessoria de Comunicação – FETAMCE


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Fonte: Fetamce


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