Em seu 18° dia de greve, os servidores municipais de Canindé reuniram-se em assembleia geral hoje (26), no auditório do Sindicato, e deliberaram a continuação do movimento grevista dos professores. Pedro Mirialdo, presidente da Câmara Municipal, foi ao Sindicato levar a proposta de negociação do prefeito à assembleia dos servidores. A categoria, no entanto, rejeitou a proposição da Prefeitura e apresentou uma contraproposta, que ficou de ser levado ao gestor do Município ainda hoje.
Os servidores em greve reivindicam reajustes salariais para os professores de nível superior, categoria ainda não contemplada pelas negociações salariais. Aos docentes com nível médio, a gestão já havia concedido o piso salarial orientado pelo Ministério da Educação, retroativo a janeiro deste ano; aos professionais de saúde e do fundo geral, a Prefeitura havia concedido 7% de reposição salarial, o que havia sido acatado pelas categorias.
Além da reposição salarial dos profissionais de saúde e técnicos, a Prefeitura propôs 8% de reajuste salarial para os professores de nível superior, a partir de agosto, mas sem retroativo. A categoria, no entanto, não aprovou a proposição e contrapropôs o reajuste de 10%, a partir de agosto, para os professores de nível superior e discussão da proposta de retroativo, em uma audiência da comissão de negociação dos servidores com o prefeito.
A expectativa é de que a gestão retome o diálogo com a categoria – interrompido depois que o prefeito pediu, sem êxito, a ilegalidade da greve, em 11 de agosto -, e que as negociações avancem.
Aurenice Santiago, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindsec), lembra que o movimento de greve está fortalecido e que desde o dia 1° de agosto não há aula nas escolas municipais, nem da zona urbana, nem da rural.
Fonte: Fetamce