Servidores da Educação que integram o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINDSEP) de Morada Nova foram barrados na entrada do evento “Pacto pela Sensibilização e Fortalecimento da Educação de Morada Nova”, realizado pela Secretaria de Educação do Município na última segunda-feira (03).
O evento ocorreu no auditório do Centro de Educação Básica Coronel José Epifânio das Chagas – CEBCJEC e não teve professores entre os convidados. Apenas a presidenta do SINDSEP Morada Nova, Glauberlene Rabelo, recebeu o convite para participar do evento, que contou com a participação de empresários, vereadores, representantes de igrejas e outros segmentos da sociedade civil.
“Como é que você faz um pacto pela educação e o professor não é chamado para dialogar?”, questiona Rabelo. Sob alegação de que o espaço não comportava todos os servidores, a categoria, impedida de adentrar no auditório, permaneceu na entrada empunhando placas de protesto contra os constantes ataques sofridos pela gestão do prefeito Wanderley Nogueira. Segundo Rabelo, a perseguição acontece de diferentes modos.
“Exigem que a gente trabalhe aos sábados, não aceitam nossos atestados médicos, realizam transferências sem justificativas e adotam livro de ocorrências. O assédio moral chegou ao ponto de criarem um ‘agente de busca ativa’, espécie de fiscal do nosso trabalho”, enumera a presidenta do SINDSEP.
Após recusa dos servidores de se retirarem, a entrada foi permitida, porém, não tiveram a chance de colaborar com o texto final em discussão, já que o uso do microfone não foi liberado aos convidados. “Foi um pacto em que eles trouxeram propostas prontas e ninguém teve condições de falar”, afirma Rabelo.
Segundo a presidenta do SINDSEP, a prefeitura não estabelece diálogo com a categoria. “Todas as nossas lutas exigem confronto, mobilização nas ruas”, relata. Foi assim para a conquista do piso salarial do magistério e reajuste para os demais servidores com base no INPC.
Porém, Rabelo lembra que a gestão encaminhou, à época, o projeto de lei 3/2023, que altera o PCCR do magistério. A matéria, que retira direitos dos servidores, está suspensa temporariamente na Câmara do município.