Acordo entre o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Tianguá e a prefeitura da cidade levou ao pagamento, no mês de maio, dos valores recebidos pela administração municipal oriundos de precatório do antigo Fundef.
Em forma de rateio, 60% dos recursos do precatório foram usados para beneficiar os trabalhadores. Desta fatia, 95% ficaram para os professores municipais e os demais 5% para os outros funcionários da rede educacional de Tianguá.
Os outros 40% do valor inicial do precatório foram gastos pela gestão passada da cidade, que só não torrou a fatia que foi dividida agora entre os trabalhadores porque o sindicato conseguiu bloquear os recursos na justiça até ser resolvida a querela da destinação.
Valores e luta
Em torno de R$ 13 milhões foram destinados aos profissionais de carreira pública da cidade. “É fácil chegar aqui, não é. Foi muito trabalho para o sindicato, com muito desgaste (…). A gente não baixou guarda, fomos em frente”, destaca Eliezer Brito, vice-presidente do Sindicato dos Servidores.
Ainda de acordo com o dirigente, remando contra a maré, os sindicalistas conseguiram convencer a Justiça, a Prefeitura e a Câmara, mesmo quando, em algum momento, diziam que o dinheiro era da educação e não dos servidores da área.
“Lembro bem que movimentamos a cidade, chegando a levar uma caravana de sindicatos de servidores e da direção da Fetamce para apoiar a luta local para aprovar o acordo na Câmara”, destaca Nadja Carneiro, secretária de finanças da Fetamce e dirigente sindical na Serra da Ibiapaba.