Sem reajuste de 12,84%, professores de Maracanaú aprovam estado de greve

Em frente à prefeitura de Maracanaú, na manhã desta quarta-feira (05 de fevereiro), debaixo de forte chuva, os professores aprovaram a deflagração de estado de greve. Os profissionais paralisaram suas atividades ontem (05/02) para reivindicar que prefeito Firmo Camurça aplique os 12,84% de reajuste salarial linear para a classe.

O gestor ofereceu até o momento 8,83% para apenas oito professores de nível médio, assim alcançando o piso salarial de 2020, e 4,31% para os demais níveis. Porém, o índice foi rejeitado pela categoria, que classificou como um desaforo.

Professora Vilani Oliveira segurando cartaz feito pela categoria.

O grupo já vem há, pelo menos, 10 anos acumulando um achatamento salarial e por isso está disposto a ir até as últimas consequências para conseguir o percentual devido. Nos oito anos do governo de Firmo Camurça, ele concedeu apenas uma vez o percentual estipulado pelo MEC. “O prefeito está conhecido no município como inimigo da Educação e dos professores por todas as desculpas esfarrapadas que ele traz ano a ano acerca das contas do municípios, sem apresentar nenhum estudo de impacto econômico, deste que é a segunda maior arrecadação do Estado”, aponta Vilani Oliveira, diretora de Formação Política do Suprema e presidenta da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam).

Como se isso não fosse o suficiente, professores denunciam ainda o caos instaurado na Educação de Maracanaú, fato já refletido nos índices do município. Devolução de professores como mercadoria; suspensão de direitos como: redução de carga horária, progressões, promoções, assédio moral, além de falta de xerox e materiais nas escolas e salas muito quentes, são algumas das diversas denúncias que chegam ao sindicato através da categoria. O desestímulo é geral.

“Os professores não aguentam mais serem tão desrespeitados e humilhados pelo poder executivo, que não inova nem o discurso para retirar direitos da categoria”, desabafa o professor Glauberto Nascimento.

Professores em ato na prefeitura (palácio do jenipapeiro)

A diretoria do Suprema já protocolou ofício para audiência pública na Câmara dos Vereadores na tentativa de destravar a negociação da campanha salarial 2020. Também já foi estabelecida agenda a ser cumprida durante o estado de greve. “É importante a presença massiva da categoria, a exemplo de hoje, para aumentar a energia do movimento”, destaca Janaína Santana, vice-presidenta do Suprema.

Confira a agenda do estado de greve:

– Sexta-feira (07/02/2020), Reunião com a Comissão de Educação da Câmara, às 10h, para confirmar a data da audiência pública para abertura da Campanha Salarial 2020;

– Quinta-feira (13/02/2020), às 17h. Reunião com o prefeito para segunda mesa de negociação, na Secretaria de Assuntos Econômicos.

– Sexta-feira (14/02/2020), às 15h. Assembleia dos profissionais para deliberação da greve. Colégio 7 de setembro, na Pajuçara.

“Aprovamos o estado de greve, pois sabemos que a prefeitura tem o dever legal de conceder o reajuste, já aplicado em mais de mais de 70 municípios do Ceará. Ao mesmo tempo, cobramos empenho da categoria para conduzir esse movimento até a vitória. Dia 14 vamos decidir se é paralisação geral”, diz Joana Ferreira, presidenta do Suprema.

Fonte: Suprema


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