Após mobilização em frente à sede do sindicato da Apeoc, no dia 27 de setembro, os professores de Maracanaú deram continuidade ao dia de paralisação e lutas por direitos com forte ato na sede da prefeitura, no Jenipapeiro, no período da tarde. Os professores exigem uma solução imediata para a implantação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) do Magistério, que continua sem aplicabilidade desde sua aprovação no final de 2016, após as várias alterações feitas no texto pelo prefeito Firmo Camurça.
Segundo a categoria, o prefeito de Maracanaú continua prometendo coisas que ele não pode cumprir para ludibriar a classe trabalhadora. Entretanto, os professores estão com os ânimos renovados e com grande espírito de luta diante do momento sombrio que assola o país, o que também desagua no município, principalmente com a proximidade de implementação da reforma trabalhista no mês de novembro deste ano.
O clima é de total descontentamento com a gestão da cidade, sobretudo diante da alegativa de que a Lei de Responsabilidade Fiscal supostamente impede a prefeitura de resolver a questão e colocar em prática o PCCR. No ato, os professores fizeram questão de explicitar isso ao poder público. Naquela tarde viu-se ressurgir uma categoria aguerrida e resistente diante do que está posto.
“Ainda não havia participado de assembleias ou atos do meu sindicato, apesar de ser filiada, mas neste momento, me uno a minha categoria para reforça que não iremos mais aguardar passivamente pelas decisões do prefeito sobre o nosso trabalho, o que impacta diretamente no nosso futuro. O PCCR do magistério é sobrevida, é ganho real para a nossa aposentadoria”, defende a professora Helena Forte.
Por outro lado, o que realmente os professores esperam é que o prefeito marque reunião ainda esta semana para debater o assunto e apresentar alguma maneira de implantar o PCCR. Caso a reunião não ocorra, a categoria entra em greve a partir do dia 03 de outubro, próxima terça-feira. A decisão foi aprovada em assembleia durante o Ato.
Algumas vantagens do PCCR do Magistério de Maracanú:
- Equiparação do salário por nível
- Valorização da carreira do magistério
- Fim do engessamento em uma referência e possibilidade de ascender.
- Valorização de estudos (cursos, oficinas, seminários, publicações) e formações em serviço
- Progressão financeira horizontal e vertical
- Valorização por tempo de serviço
- Até o final desta reportagem não houve retorno do prefeito sobre o encontro, porém a categoria está determina a parar de qualquer forma no dia acordado.
Fonte: Suprema