A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revelou no último dia 15 de setembro o relatório “Um Olhar sobre a Educação 2016”, em que aponta que os professores da rede pública do ensino fundamental e médio do Brasil têm uma remuneração menor que a metade da média salarial dos países-membros da OCDE.
Sobre isso, o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, afirma que o Brasil perdeu a capacidade de valorizar a representação do professor. “Isso mostra que há distorção do nosso sistema. O relatório também mostra que os professores brasileiros trabalham 42 semanas no Brasil, enquanto em outros países os docentes têm uma jornada de trabalho de 37 semanas anuais.”
Clemente ressalta que além da má remuneração, os professores enfrentam problemas com a precária estrutura das escolas. “Além disso, há a péssima condição em muitas escolas, o que dificulta enfrentar os desafios de educar as crianças. Esse relatório também aponta que ainda temos um longo caminho a percorrer para termos uma educação adequada e coerente com o projeto em desenvolvimento no Brasil.”
Por outro o lado, o estudo aponta que os docentes universitários no Brasil têm os salários equiparados à média dos países analisados pela OCDE. “O salário de um professor de universidade chega a ser mais alto do que de países desenvolvidos”, aponta Clemente. Segundo o OCDE, a remuneração dos brasileiros é superior ao salário na Finlândia, Noruega e Suécia.
Fonte: Fetamce