O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Iguatu (SPUMI) denuncia que a cidade é uma das localidades que descumprem a Lei do Piso Nacional do Magistério (Nº 11.738/2008) e impõe aos professores reajuste abaixo dos 33,24% estipulado pela legislação em 2022. Com a proposta de apenas 10,18%, Iguatu é, até o momento, o município cearense que ofereceu o pior aumento para a classe, ficando à frente de Maracanaú (14,5%), Itapipoca (25%) e Maranguape (29,68%), que também têm assento no “muro da vergonha”.
De acordo com o SPUMI, a gestão do prefeito Ednaldo Lavor (PSD) quer implantar a mesma reposição salarial aplicada aos demais servidores, desconsiderando que os profissionais do magistério da educação básica brasileira contam com legislação própria, prevista na Constituição e em leis ordinárias. “Uma situação totalmente esdruxula, que vai causar, no final, a necessidade de complementação para o professor receber ao menos o valor mínimo do piso nacional. Uma proposta das mais absurdas que você pode imaginar”, destaca Pablo Campos, presidente do sindicato laboral.
Entre os elementos que intensificam a indignação dos trabalhadores, a constatação de que a expressiva maioria das cidades do Ceará – que anunciaram aumento para os profissionais – e o Governo do Estado estão aplicando o percentual confirmado pelas portarias do Ministério da Educação. Até segunda-feira (14/02), 43 municípios já haviam confirmado a elevação salarial acima de 33%.
A entidade sindical acrescenta que a categoria rejeitou a proposição da prefeitura em assembleia realizada ontem (14/02) e pretende intensificar a luta pelo reajuste integral e linear de 33,24% para todos os educadores do município. “Vamos agendar paralisações e não descartamos a possibilidade de greve geral”, acrescenta o presidente do SPUMI.