O conselho consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconheceu o Ofício, Saberes e Práticas das Parteiras Tradicionais do Brasil como Patrimônio Cultural do País.
O ofício será registrado junto a outros bens culturais imateriais que viraram patrimônios nacionais, como o Ofício das Baianas de Acarajé e o Sistema Agrícola Tradicional das Comunidades Quilombolas do Vale do Ribeira.
O Iphan destaca que, diferente de outras manifestações características regionais, os Saberes e Práticas das Parteiras Tradicionais do Brasil correspondem a uma realidade presente em todo o território nacional, com um repertório transmitido geracionalmente que mescla conhecimentos tradicionais, religiosos e biomédicos.
São mulheres que, de acordo com o Instituto, são fundamentais para dar continuidade a uma história ancestral, atuando principalmente em zonas periféricas e grupos tradicionais, como comunidades quilombolas e indígenas.
Segundo o órgão, limitar o papel das parteiras à assistência no nascimento de crianças é reduzir sua importância.
Um dossiê, produzido em 2021 junto a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), as descreve como “mestras do ofício do partejar, detentoras de um repertório de saberes e práticas acerca de todas as etapas da gestação (pré-natal, parto e pós-parto)”.