Movimento sindical precisa derrotar a reforma administrativa, dizem palestrantes

Ainda pela manhã do dia 26 de agosto, os mais de 180 delegados e delegadas presentes à 14ª Plenária Estatutária da CUT Ceará acompanharam o painel “Análise de conjuntura”, coordenado pelo secretário de Administração e Finanças da CUT-CE, Emanuel Lima e pela secretária de Relações do Trabalho, Ana Cláudia.
Os palestrantes convidados, o deputado José Guimarães (PT) e o economista Fausto Augusto Júnior, diretor Técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), foram taxativos sobre a tarefa do movimento sindical: barrar a reforma administrativa e enfrentar o neofascismo que domina o país.
Thainá Duete
Para Guimarães, a Proposta de Emenda Constitucional N° 32, que estabelece a reforma administrativa, é a mais draconiana de todas as medidas anti-povo que já passaram pelo Congresso Nacional. Isto porque a PEC embute na sua formulação a destruição do Estado brasileiro, com sua entrega ao mercado, sendo a espinha dorsal do modelo ultraliberal.
“Guedes e Bolsonaro querem transformar o Brasil em laboratório mundial das políticas ultraliberais”, afirmou o parlamentar petista, para quem é necessário analisar a conjuntura não apenas do ponto de vista das ações do presidente da república, mas de quem está por trás de Bolsonaro: o mercado financeiro internacional.
Para Guimarães, o Brasil vive uma dupla crise: a de modelo econômico, que tem pregado a destruição das políticas públicas de bem-estar social, e a que está se agravando: a crise hídrica e energética em curso, tratada pelo governo como se não existisse. “A crise vai se agravar daqui para o final do ano”, vaticinou.
“A PEC 32 é a pior de todas (as reformas)”, resumiu Guimarães. Ele reforçou que a tarefa do movimento sindical, em especial o cutista, é não deixar aprovar a reforma administrativa e derrotar o governo. “Os sindicatos devem ir pra cima, pressionar o Congresso”, frisou.
O economista Fausto Augusto Júnior reforçou que a reforma administrativa é, na verdade, uma reforma do Estado brasileiro. E que tende a piorar a vida da população pobre porque é exatamente esse contingente populacional que necessita dos serviços públicos.
“Está muito claro que a vida da população pobre está muito ruim”, disse o diretor técnico do Dieese, ao apresentar dados sobre o mercado de trabalho, a inflação e outros problemas nacionais. Antes, ele destacou como a operação Lava Jato impactou de forma negativa a economia brasileira, com a destruição de 4,4 milhões de empregos.
Para Fausto Augusto Júnior, é fundamental que a classe trabalhadora se organize para derrubar Bolsonaro e permitir a realização das próximas eleições. “Nós precisamos garantir que haja eleição primeiro”, disse. E destacou que o momento é de pensar alternativas para um novo projeto de país, que leve em conta o meio ambiente, a “economia de Francisco”, uma economia circular, solidária, das mulheres.
Fonte: CUT-CE/Samira de Castro

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