Marcha pelo Trabalho Decente alerta para as péssimas condições de trabalho e baixos salários dos servidores municipais

Centenas de servidores públicos municipais do Ceará, através da FETAMCE e sindicatos filiados, tomaram as ruas do Centro de Fortaleza, reunidos na 1ª Marcha pelo Trabalho Decente, nesta sexta-feira, dia 3/6. Participaram do ato público representações dos 131 sindicatos filiados à FETAMCE e de outros Sindicatos de Trabalhadores, com apoio da Central Única dos Trabalhadores – CUT/CE e CONFETAM. A categoria está de parabéns! O ato foi realizado com sucesso e mostrou a força da mobilização dos servidores e das representações sindicais.


O grito dos manifestantes mostrou a indignação dos servidores municipais para as péssimas condições de trabalho a que são submetidos e, pior, sem a devida remuneração aprovada por lei. Como é o caso dos profissionais do Magistério, que continuam sendo desrespeitados pelos gestores públicos municipais, e os outros servidores que sequer ganham o salário mínimo em seus municípios.


A concentração dos servidores aconteceu na Praça da Bandeira, saindo em seguida pelas ruas do Centro, até a Praça José de Alencar. Na praça, os trabalhadores ouviram as palavras dos dirigentes sindicais da FETAMCE, da CUT e demais apoiadores do movimento. Na ocasião, houve distribuição de mudas de plantas com a população, simbolizando o compromisso dos servidores com o Planeta, e simbolizando também que, assim como o Planeta, a categoria também exige respeito.

A presidenta Sebastiana Rodrigues ( Netinha) chamou a atenção da população e dos poderes constituídos para as questões relevantes da categoria. Segundo ela, “enquanto sindicalistas estamos na luta fazendo com que nosso grito tenha eco pelo cumprimento da lei do piso do magistério, pelo pagamento do salário mínimo, pois inúmeras prefeituras não pagam sequer o salário mínimo e pela valorização aos trabalhadores através dos planos de carreira. Estamos aqui para denunciar e queremos chamar a atenção da sociedade para nosso compromisso com o Planeta. Por isso, nessa Marcha estamos distribuindo mudas de plantas simbolizando esse cuidado que todos devemos ter com o Planeta”.

Mobilização Estadual – A Secretária de Comunicação da FETAMCE, Enedina Soares destacou essa mobilização estadual para debater com a população, a questão do trabalho decente no âmbito do serviço público municipal, que necessita de mais condições de trabalho. “Temos hoje no Ceará, servidores que não recebem sequer o salário mínimo, diversos trabalhadores que não têm plano de carreira, diversos direitos são desrespeitados, como insalubridade, carga horária extrapolada, adicional noturno, a falta de respeito ao Piso do Magistério e estabelecer o piso dos trabalhadores da saúde. Nós entendemos que o trabalho no serviço público municipal é indecente e queremos dialogar com a população na defesa do serviço público de qualidade”.


Em sua fala, o presidente da CUT/CE, Jerônimo do Nascimento disse da necessidade de lutar pelo trabalho decente para os servidores públicos municipais, que é indecente. Segundo ele, essa mobilização em forma de Marcha Estadual pelo Trabalho Decente, mostra a importância dos servidores públicos municipais, que no dia a dia mais sentem na pele o que é um trabalho indecente, pela falta de condições de trabalho, por terem salários baixos, e ainda passam por humilhação, que eles sofrem a cada quatro anos com a mudança dos gestores. “Esse tema do trabalho decente serve para os trabalhadores chamarem a atenção o Estado do Ceará a refletir, bem como também às categorias de trabalhadores, como preparação à Conferência Nacional sobre o Trabalho Decente, que acontecerá em maio de 2012. É importante que os trabalhadores estejam mobilizados com esse tema da ordem do dia”.

Motivos de denúncias – Os Servidores Públicos Municipais são diariamente vítimas das péssimas condições de trabalho. Os casos de indignidade vão desde a ausência de banheiros diferenciados para homens e mulheres e sua higienização, lugares insalubres, exposição a riscos de contaminação de infecção hospitalar a longas e intensas jornadas e baixos salários.


Há também discriminação e diferenças salariais por causa de raça, gênero e sexualidade, sem falar da perseguição e desrespeito aos dirigentes e a liberdade sindical e ao assédio moral. Sem falar que ainda são muitos os municípios cearenses que continuam a pagar abaixo do salário mínimo. A própria Lei do Piso do Magistério continua a ser desrespeitada pelos gestores públicos municipais.
Fonte: Fetamce


Warning: A non-numeric value encountered in /home/storage/b/b6/b5/fetamce/public_html/wp-content/themes/Newspaper/includes/wp_booster/td_block.php on line 353

DEIXE UM COMENTÁRIO