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Representantes da Diretoria da Fetamce marcaram presença, nesta terça-feira (3), na plenária de instalação do Fórum Estadual em Defesa do Trabalho Decente. Entidades, centrais e sindicatos reuniram-se no auditório da Procuradoria Regional do Trabalho, em Fortaleza, para aprovar o regimento interno do colegiado, que deve ter representação da Federação na coordenação do grupo.
A presidenta da Fetamce, Socorro Pires, destacou a importância da iniciativa. “Estar junto a outras entidades nesse coletivo, que tem a presença do Ministério Público do Trabalho, é histórico. Significa o fortalecimento da luta pelos direitos de servidoras e servidores, que têm sofrido, nos últimos anos, com as práticas antissindicais das gestões municipais”.
Palestrante do evento, o professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Fábio Sobral, acredita que a classe trabalhadora cearense tem muito a ganhar com a instalação do Fórum. De acordo com ele, o processo de uberização dos empregos tem distanciado de homens e mulheres noções trabalhistas antes consideradas essenciais.
“Parte dessa classe está tão massacrada e precarizada que acha que isso é a liberdade. Autônomos vinculados a plataformas multinacionais se consideram empreendedores, mas, na verdade, arcam com um peso grande, caracterizado pelo desgaste da sua saúde e pela ausência de defesa dos seus direitos”, avalia.
As conversas sobre a criação do Fórum se iniciaram em maio passado, quando, a pedido do Ministério Público do Trabalho e do mandato do deputado estadual Renato Roseno (PSOL), foi convocado um seminário para debater as formas de degradação contemporânea do trabalho, à luz do trabalho decente preconizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), como sendo “adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade humanas”.
Para Enedina Soares, vereadora de Caucaia e presidenta licenciada da Fetamce, o Fórum representa mais um espaço de fortalecimento da democracia, já que pauta a defesa de direitos básicos para trabalhadoras e trabalhadores. “Tornar as condições de trabalho justas é essencial para garantirmos a justiça e a efetivação dos direitos humanos”.
