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A Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) realizou na última quinta-feira (11/01) o primeiro encontro regional de 2018, que aconteceu na cidade de Tamboril. A atividade reuniu representantes de 11 sindicatos filiados que compõem a Regional de Crateús.
Na pauta da atividade, os desafios da Campanha Salarial Unificada 2018, em um ano em que a conjuntura para a classe trabalhadora se torna ainda mais sensível, haja vista que medidas como a Reforma Trabalhista e Emenda 95, do congelamento dos gastos públicos nacionais, estão em plena atividade.
“Houve muito debate e disposição para a resistência. Precisaremos de muito discernimento para enfrentar os desafios colocados e a certeza de quê para vencermos teremos que estarmos cada vez mais organizados. A Fetamce e os sindicatos estão firmes nesta resistência”, avaliou Enedina Soares, presidente da Fetamce, que coordena as atividades.
Além de Enedina, a caravana pelo estado leva Nadja Carneiro, secretária de administração e finanças da Federação, que tem a missão de, junto ao advogado da entidade, Antônio José Gomes, apresentam as estratégias de reorganização financeira dos sindicatos diante dos problemas colocados pela reforma trabalhista para o recolhimento do imposto sindical, que passa pela realização de assembleias de instituição da nova política de arrecadação. Entraram em cena também a discussão de estratégias de fortalecimento das organizações, como campanhas de filiação e mutirões para acelerar processos judiciais.
A técnica da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) instalada na Fetamce, Rosilene Cruz, trouxe dados econômico para o debate, a fim de instrumentalizar as negociações e pauta de reivindicações da campanha salarial de diversas categorias que se organizam no serviço público municipal, colocando a oportunidade de reajustes com ganho real diante da baixa inflação, assim como a necessidade de reivindicação da aplicação plena das leis que tratam de pisos salariais, como a dos professores.
Por fim, o encontro apontou para a luta contra a aprovação da reforma da previdência, em discussão no Congresso, através do fortalecimento da campanha: “Se votar, não volta”. A mobilização lidera pela CUT tenta influenciar os congressistas brasileiros a rejeitarem a reforma, haja vista que, se votarem a favor da medida, não terão o apoio dos trabalhadores nas urnas em 2018.
Entre os encaminhamentos do encontro, está a realização de uma plenária estadual de atualização das estratégias de luta e organização para ampliar a influencia política e institucional dos sindicatos do ramo neste cenário pós golpe nos direitos e na democracia.
