Desafios na Educação Infantil: Milhões de crianças brasileiras fora das creches

Dificuldades de acesso afetam 2,3 milhões de crianças até 3 anos de idade no Brasil, revela pesquisa do IBGE em parceria com o Todos pela Educação

No Brasil, um desafio persistente na área da educação infantil vem à tona com dados alarmantes: cerca de 2,3 milhões de crianças, com até 3 anos de idade, estão privadas de frequentar creches devido a diversas barreiras de acesso. Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadas pelo Todos pela Educação (TPE), esta realidade reflete não apenas a falta de vagas, mas também questões como localização das instituições e limitações socioeconômicas enfrentadas pelas famílias.

O levantamento revela que, embora haja uma demanda expressiva por vagas em creches, as famílias se deparam com obstáculos significativos. Dentre os principais entraves, destaca-se a distância das escolas em relação às residências, bem como a insuficiência de vagas disponíveis. Curiosamente, o percentual de famílias de baixa renda que não conseguem acessar esse serviço é quatro vezes maior do que o das famílias mais abastadas, evidenciando uma disparidade socioeconômica na oferta de educação infantil no país.

Conforme estipulado pela Constituição Federal, é direito da criança e da família o acesso à creche, cabendo ao Estado garantir a oferta de vagas. No entanto, dados alarmantes indicam que a meta estabelecida pelo Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/2014), de atender pelo menos 50% das crianças até 3 anos em creches até 2024, está longe de ser alcançada.

Gabriel Corrêa, diretor de Políticas Públicas do Todos pela Educação, ressalta a gravidade da situação: “Mais de 2 milhões de crianças fora de creche no Brasil estão nessa condição ou porque não têm creche perto de casa, têm mas falta vaga, ou até mesmo pelo fato de a creche não aceitar a criança por causa da idade”.

Um dos principais motivos apontados para a exclusão das crianças das creches é a recusa das instituições em aceitá-las devido à idade. Este fator, segundo a pesquisa, afeta metade das famílias que não conseguiram vagas. Além disso, a falta de vagas e a localização distante das escolas também são citadas como razões significativas para a não matrícula de crianças, afetando aproximadamente um quarto das famílias consultadas.

Diante desse cenário preocupante, a necessidade de políticas públicas eficazes e investimentos na ampliação da oferta de creches torna-se imperativa. Garantir o acesso à educação infantil não apenas promove o desenvolvimento das crianças, mas também contribui para a redução das desigualdades sociais e para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

 

Com informações da Agência Brasil

 

 

 


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