Professores, diretoria e representantes de sindicatos filiados à Fetamce ocuparam as ruas de Crateús, nesta quarta-feira (14), em protesto pelo reajuste do piso do magistério. A data marca o terceiro dia de greve docente.
Desde o início do ano, a categoria luta pela implementação do reajuste de 15% anunciado pelo ministro da Educação, Camilo Santana.
A caminhada teve início na sede do Sindicato dos Professores de Crateús (SINDPROF) e percorreu as ruas do centro do município, com parada em frente à sede da prefeitura e culminância na Coluna da Hora.
“Não é justo que se tenha uma lei, recursos suficientes e o gestor se negue a pagar nossos direitos”, afirma Geraldo Alves, presidente do SINDPROF.
Ele também afirma que, desde o início do ano, a gestão do prefeito Marcelo Machado se nega a dialogar com a categoria, que também reivindica concurso público.
“Não é realizado há oito anos. A folha de pagamento da Educação possui 1.236 vínculos temporários e apenas 750 efetivos. São 493 professores efetivos e 473 temporários”, denuncia.
Participaram do ato caravanas sindicais de Nova Russas, Crateús, Ipueiras, Independência, Novo Oriente, Monsenhor Tabosa, Trairi, Ubajara, Ibiapina e Guaraciaba do Norte.
Somaram forças, também, movimentos e entidades como MST, Cáritas Diocesana, Frente Social Cristã, Correnteza, UP, centros acadêmicos das licenciaturas em Música e Geografia do IFCE, entre outros.
Segundo Socorro Pires, presidenta da Fetamce, o ato conseguiu dar um recado potente à administração municipal. “Nossa mobilização mostrou que os professores não estão sozinhos nesse movimento de resistência por direitos”, afirma.