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A Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) organizou uma caravana com servidores de 25 municípios que estiveram na manhã desta quarta-feira (05) em ato de apoio à greve dos funcionários de Várzea Alegre.
A paralisação, que acontece desde o dia 15 de junho, completou 50 dias e atinge pelo menos 300 funcionários que ainda ganham a metade do salário mínimo, por terem sidos selecionados por concurso para trabalharem em meio expediente.
A atividade foi marcada por grande passeata pelo centro da cidade, visita à Câmara Municipal e reunião com a Prefeitura.
No encontro com representantes do Poder Público, que foi mediado pela Fetamce, a gestão cedeu um pouco e constituiu uma comissão para pensar a implantação do salário mínimo de forma universal. O prazo é até fevereiro de 2016. Sobre isso, os trabalhadores definirão se permanecem ou não em greve em assembleia que tem início neste momento.
Além disso, os profissionais apalavraram com a prefeitura a adoção de Plano de Carreiras dos servidores e a readequação da política de gratificação de insalubridade.
Após o debate, os grevistas participaram de assembleia que acatou as propostas de discussão do Plano e da Insalubridade, mas que reforçou a continuidade da greve até que seja resolvida a situação e todos os servidores de Várzea Alegre recebam, pelo menos, o salário mínimo nacional. Uma nova assembleia foi convocada para a próxima quarta, 12 de agosto.
Saiba mais
A medida da prefeitura viola a Constituição de 1988, que fixa que nenhum trabalhador pode receber remuneração inferior ao salário mínimo nacional. Desde sua criação, o Sindicato de Servidores de Várzea Alegre busca negociar o fim da situação, já rechaçada pelos tribunais e pelo Ministério Público do Trabalho.
Fonte: Fetamce
