Direitos da classe trabalhadora, democracia, reforma política e mobilização contra o Projeto de Lei da terceirização foram os principais temas levados para a tradicional passeata dos movimentos sindical e social no primeiro de maio, dia do trabalhador.
O ato realizado em Fortaleza, que reuniu cinco mil pessoas, foi encabeçado pela Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT-CE) e a Confederação dos Trabalhadores no Brasil (CTB). “Temos pautas diversas, mas a principal delas é contra o projeto que regulamenta a terceirização, que na verdade abre a terceirização de forma ilimitada. Qualquer emprego poderá funcionar sem nenhum trabalhador contratado”, disse Joana Almeida, presidente da CUT local.
A concentração do evento, realizada na Praça da Juventude da Cruz Grande, na Serrinha, contou com apresentações culturais promovidas pelos diversos movimentos sociais participantes. Logo após, os trabalhadores saíram em caminhada pela Av. Silas Munguba. Ao longo do percurso, os militantes realizaram intervenções artísticas e dialogaram com os populares. Nas falas, a luta contra o preconceito de gênero, raça e etnia, crença, orientação sexual e ideologia política, além do combate à pauta conservadora do Congresso Nacional, que está impondo derrotas históricas aos trabalhadores.
“No momento em que as forças políticas retrogradas tentam reduzir nossos direitos, nós pedimos mais direitos. Não aceitaremos a agenda imposta por estes políticos oportunistas aliados ao capital e permaneceremos nas ruas enquanto houver opressão. Esse é o significado do dia do trabalhador para nós”, disse Enedina Soares, presidenta da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce).
A atividade terminou com uma movimentação no Ginásio da Parangaba, onde destacou-se a posição contra a política de ajuste fiscal proposta pelo Governo Federal. Os militantes defenderam a taxação das grandes fortunas como primeiro passo para uma reforma tributária em nosso País.
Fonte: Fetamce