Fortalezense se diz mais à direita que à esquerda e 19% se dizem de extrema direita

Um sinal de alerta para o campo progressista e para todos as organizações de defesa dos direitos das multidões oprimidas de Fortaleza. A pesquisa O POVO/Datafolha mostra como o fortalezense se enxerga no espectro político e o dado é aterrorizador. A maioria, 38% dos ouvidos, se reconhece como de direita (somadas as posições de Centro-direita: 11%; Direita: 8% Extrema-direita: 19%). A esquerda fica com 28% (entre eles os de Extrema-esquerda: 11%; Esquerda: 7%; e Centro-esquerda: 10%). Por fim, 21% consideram-se de Centro, outras respostas somam 6% e não sabem 7%.

Destaque para os expressivos 19% que se consideram de extrema-direita, que dentro da teoria política é descrita como a crença de que pessoas supostamente superiores têm o direito de dominar a sociedade enquanto expurga elementos supostamente inferiores. O termo também é usado para descrever ideologias como o nazismo, o neonazismo, o fascismo, o neofascismo e outras ideologias ou organizações que apresentam pontos de vista extremistas, xenófobos, racistas ou reacionários, que podem levar à opressão e à violência contra grupos de pessoas com base em uma suposta inferioridade ou ameaça à nação, Estado ou instituições sociais tradicionais ultraconservadoras.

Conscientes ou não do que significa ser de direita ou extrema-direita, o eleitor de Fortaleza se considera favorável a políticas conservadoras que marcam este grupo, como a pena de morte (apoiada por 51%), a contrariedade ao aborto (sustentada por 51%) e o rechaço à legalização da maconha (posição de expressivos 72%).

Ainda assim, 58% responderam que apoiam a união civil homoafetiva (casamento entre pessoas do mesmo sexo) e para 63% dos entrevistados no Datafolha, “a posse de armas deve ser proibida, pois representa ameaça à vida de outras pessoas”.

De acordo com Monalisa Torres, professora de Teoria Política da Universidade Estadual do Ceará (Uece) – ouvida pelo O Povo – esse contraste ajuda “a entender por que a gente vê esse pêndulo que ora aponta para um campo mais progressista e ora para um campo conservador” na capital cearense.

Realizado nos dias 4 e 5 de novembro, o levantamento traça um perfil ideológico do eleitorado da capital cearense. A sondagem ouviu 868 pessoas. A margem de erro máxima da pesquisa é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O que significa que, considerando a margem de erro, a chance de o resultado retratar a realidade é de 95%.

Com informações do Jornal O Povo


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