Os sindicatos de servidores públicos em todo o mundo exigem maior proteção para o funcionários das Nações Unidas em Genebra. Este foi o tom de protesto contra os cortes esperados no pagamento do empregados da ONU, que contou com a participação de centenas de pessoas nesta quarta-feira (01/11) na Praça das Nações.
Enedina Soares e Socorro Pires representaram a Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) na ação de rua que contou com a presença de mais de 500 manifestantes, de acordo com uma fonte independente ouvida pelo jornal “Tribune de Genève”. “UNacceptable” (para nós uma combinação de ONU e inaceitável – unacceptable, no inglês) mostrava o banner que abria o movimento.
Os manifestantes pediram às Nações Unidas que “respeitem os direitos de seus funcionários em termos de trabalho”. Denunciavam, em particular, uma deterioração das condições de trabalho e incertezas ligadas, entre outras, à terceirização.
Eles também criticavam as represálias contra os representantes de base e sindicatos, incluindo demissões. Ou mesmo o excesso de estagiários, que aumentaram 10% nos últimos anos, sendo que estes repetidamente se queixam de precarização.
Diminuição de 1 a 3% nos salários
Entre os manifestantes presentes ato, a Secretária Geral da Internacional de Serviços Públicos (PSI), Rosa Pavanelli, que lidera o congresso da organização em Genebra, afirmou que os quase 800 delegados do evento irão votar em uma resolução de apoio aos funcionários das Nações Unidas, incluindo os de Genebra, cujo sindicato é parte dessa organização.
Os manifestantes colocaram a necessidade de um mecanismo de negociação coletiva para funcionários da ONU. Após ameaças de cortes de quase 8% dos salários, a mobilização de funcionários públicos internacionais em Genebra e chefes de agências da ONU freou as medidas anti-trabalhadores. No entanto, espera-se ainda, no total, reduções de 1 a 3% em 2018 nas remunerações de 5.400 pessoas.
No projeto de resolução, as centenas de sindicatos reunidos pela ISP estão pedindo um processo de recurso contra as medidas de austeridade no Tribunal Administrativo da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Com informações do Tribune de Genève
Tradução e edição: Rafael Mesquita