O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Quixeramobim (Sindsep) encaminhou denúncia à Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (FETAMCE) relatando caso de desmonte municipal. A entidade representativa dos trabalhadores relata que, após as eleições, mesmo atual o prefeito, Edmilson Júnior, tendo feito o sucessor, o ex-prefeito Cirilo Pimenta, está realizando uma onda de demissões, reduções de jornadas de trabalho e paralisando atividades de equipamentos públicos prioritários.
O prefeito eleito, que tem sua candidatura questionada pela Justiça Eleitoral, teve seu registro indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE), e, atualmente, encontra-se com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até que o recurso seja julgado, Cirilo não será proclamado prefeito. O sindicato preocupa-se com a possibilidade de a chapa de situação não poder assumir e, de fato, deixar a prefeitura “quebrada”.
Serviços prejudicados
Os trabalhadores do município informam ao Sindicato que existem secretarias funcionando somente com uma pessoa. Foram cortadas quatro horas dos funcionários de nível médio e duas dos professores. As secretarias e seus órgãos/departamentos estão completamente sucateados, há relatos de que cortaram até o cafezinho servido e o papel higiênico, falaram para os funcionários que eles tragam isso de casa, que não mais será fornecido. “Isso é revoltante e ao mesmo tempo humilhante”, destaca a direção do Sindsep, na nota.
Os serviços básicos também estão sendo afetados, como o Hospital Regional, que não tem medicamentos, médicos, lençóis, cadeiras e nem condições de higiene. “É lamentável a saúde do nosso Quixeramobim. Digo porque passei uma noite inteira com minha mãe no Hospital e nem lençol para a cama tinha, imagina o resto, sem contar a consulta que é péssima. Que Deus abençoe todos.”, afirma Trícia Kathryn, morada da cidade.
Segundo o relatório, o Hospital infantil também teve seus recursos diminuídos, ao passo que mantêm-se, segundo a entidade, duas secretarias na área de saúde. As denúncias incluem um rombo de mais de R$ 5 milhoes no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) onde as contas não estão fechando, conforme os trabalhadores.
Assessoria de Comunicação – FETAMCE
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Fonte: Fetamce