Na última quinta-feira (20), milhares de trabalhadores saíram às ruas em todo o Brasil para dizer que a que classe trabalhadora não vai aceitar golpe contra a democracia nem retrocessos nos direitos conquistados. O ato nacional foi realizado em 10 capitais brasileiras e contou com a participação massiva de servidores municipais que atenderam a convocatória da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confentam/CUT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Somando-se a outras categorias, movimentos sociais e demais manifestantes, os servidores municipais criticaram a onda de conservadorismo comandada pelas elites e pelos meios de comunicação de massa. Palavram de ordem que incluíam “Não ao golpe” e “Ninguém mexe nos meus direitos” foram ecoadas por todo o País como forma de alertar a sociedade da possibilidade de um golpe e um impeachment sem fundamentos legais, o que representaria um atentado à democracia e um retrocesso aos avanços conquistados nos governos Lula e Dilma.
A presidenta (Confetam/CUT), Vilani Oliveira, lembrou que foi nos últimos 12 anos que os trabalhadores conseguiram melhorar sua qualidade de vida com ganho real nos salários, programas sociais, investimentos na Educação Pública, dentre outras iniciativas. No ramo dos servidores municipais, a presidenta recordou do Piso Nacional do Magistério e dos Agentes de Combate a Endemias e Agentes Comunitários de Saúde, conquistas históricas alcançadas em um governo popular que não pode sofrer golpe.
“Defendemos um governo democrático, não aceitamos golpe, mas queremos uma política econômica que amplie nossos direitos e não madidas neoliberais que só beneficiam os bancos e as elites”, afirmou Vilani ao ressaltar que a Confetam/CUT está vigilante para lutar contra qualquer tentativa de retrocesso, sobretudo para contra as MPs 664/665, a prorrogação do pagamento do PIS, a redução das linhas de financiamento para servidores e demais ajustes fiscais que prejudicam a classe trabalhadora.
Fora Cunha
O ato nacional também protestou contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos principais defensores das pautas conservadoras que reduzem direitos e ampliam as desigualdades sociais. Na própria quinta-feira, a Procuradoria Geral da República (PGR) apresentou denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando que Cunha seja condenado sob a acusação de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Conforme a PGR, o deputado teria recebido propina de contratos firmados entre a Petrobras e fornecedores da estatal.
A notícia foi comemorada pelos manifestantes que fortaleceram o grito “Fora Cunha” pelas ruas. “Ele foi eleito e tem o direito de exercer o mandato de deputado federal, mas não podemos permitir que continue a presidir a Câmara com base em interesses próprios, passando por cima do Regimeno Interno da Casa quando bem quer. Precisamos que o Legislativo seja conduzido com lisura e legalidade, e não é isso que Eduardo Cunha tem feito. A denúncia de corrupção é mais um agravante. Exigimos a correta investigação e a punição pelas ilegalidades que forem comprovadas”, defendeu Vilani Oliveira.
Fonte: Fetamce