Servidores de duas cidades cearenses paralisaram as atividades em decorrência do atraso de salários. Em Independência, a Prefeitura não quitou os benefícios do mês de agosto de seus trabalhadores. A situação atinge especialmente professores, além de outros grupos de servidores. Em Canindé, a situação é quase a mesma. A gestão não pagou a remuneração de agosto de nenhum professor do ensino fundamental.
Conforme o Sindicato dos Servidores de Independência, o encaminhamento neste momento é interromper a atividades. Além disso, a organização sindical tem percorrido a imprensa local e tem buscado a produção de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto ao Ministério Público Estadual, a fim de assegurar a solução do problema. Desde janeiro os trabalhadores vêm buscando uma data fixa de pagamento e só sairão da greve quando tiverem a solução do impasse. “A desorganização financeira levou a prefeitura a afirmar que os atrasos continuarão até o fim do ano. (…) O município a cada mês vem contratando pessoas, inchando a folha de pagamento, e ai não tem dinheiro para pagar os efetivos e concursados”, disse Rosa Gonçalves, presidente do sindicato local.
Já em Canindé a greve foi iniciada em 13 de setembro. Segundo informe repassado pela Prefeitura ao Sindicato dos Servidores da cidade, os recursos disponíveis para a Educação não são suficientes para pagar os docentes. Com as atividades escolares paralisadas, diariamente os professores estão mobilizados e saem às ruas para denunciar à comunidade canindeense as dificuldades enfrentadas para continuar trabalhando. A pressão, entretanto, tem surtido algum efeito e uma comissão de funcionários foi recebida pela Secretaria de Educação, onde foi colocado que o Governo espera receber recursos do precatório do FUNDEF para poder garantir o pagamento desses profissionais. Até uma solução real, os educadores pretendem manter os braços cruzados.