Servidores de cinco municípios estão em processo de paralisação

A Campanha Salarial dos servidores municipais no estado do Ceará continua travando em muitas localidades do interior e Região Metropolitana. Os sindicatos de servidores argumentam que as prefeituras se negam as negociar com as categorias, que, diante do impasse, apostam na pressão através de paralisações, ocupações e greves. O quadro recente, apresentado por levantamento da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (FETAMCE), mostra que pelo menos cinco cidades estão em processo de paralisação.


A situação está mais complicada em Crateús e Morada Nova. Em Crateús, cidade em o Sindicato de Servidores Públicos Municipais acabou de finalizar um movimento grevista no magistério, acolhe agora a movimentação dos agentes de endemias, que estão em greve. Os agentes, paralisados desde o dia quatro deste mês, reivindicam reajuste na gratificação de incentivo (diária de trabalho em campo), melhores condições de trabalho e material. Na última terça-feira (20/05), os trabalhadores ocuparam a Secretaria de Saúde do município.


Já em Morada Nova, a categoria em greve é a dos professores e está parada desde o dia nove de abril, mais de 40 dias. O caso foi parar no Ministério Público, após representação da FETAMCE e do Sindicato de Morada Nova. Na última audiência no MP, no dia 29 de maio, não foi apresentada nenhuma proposta pela Prefeitura, cujo representante nunca compareceu a qualquer julgamento, enviando emissários que não tinham poder para negociar e encaminhar acordos. O fato foi motivo de irritação para o Promotor, Dr. Adriano, que requererá uma auditoria nas contas do município. Após a audiência, os professores decidiram continuar com o movimento de greve.


Outros municípios

Servidores municipais de Ibicuitinga e Beberibe sinalizam paralisações para os próximos dias. No caso do primeiro, o debate está em torno do Plano de Cargos e Carreias (PCCR), já que alegam dificuldade de negociar Plano, e benefícios como adicional de insalubridade, quinquênio, adicional noturno e reajuste para servidores que recebem acima do salário mínimo.


Em Beberibe, a questão é ainda mais sensível, pois os servidores já se articulam para uma paralisarão geral no dia quatro de junho. O objetivo do sindicato local é mobilizar a sociedade para as reivindicações dos trabalhadores, concentradas na implantação do piso do magistério e atualização dos salários das demais categorias. Desde o dia 28 de maio, a entidade sindical vem realizando ações de sensibilização nos locais de trabalho.


Suspensão em Tabuleiro do Norte

Os professores de Tabuleiro do Norte decidiram dar uma trégua na greve. Os servidores voltam para a sala de aula, mas irão manter o estado de greve até o fim de auditoria, que não descarta a possibilidade de novas paralisações.


Os profissionais do magistério acordaram em audiência de conciliação, realizada no Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, no dia 25 de maio, suspender a greve até o fim de auditoria nas contas do município, que será realizada por comissão paritária, formada conjuntamente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e membros indicados pelo Sindicato e pela Prefeitura.


Os professores de Tabuleiro cobram a diferenciação salarial entre níveis de formação e atendimento da Lei Nacional do Piso do Magistério, que inclui reajuste de 22,22% nas remunerações e destinação de 1/3 da jornada para atividades extra-classe.

Foto: Valdecy Alves

Assessoria de Comunicação – FETAMCE


Fonte: Fetamce


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