Na última quinta-feira (25/06), o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Aratuba (SINDIARA) organizou com a classe do magistério uma manifestação pelas ruas da cidade cobrando o reajuste salarial da categoria. O acordo firmado entre o Sindicato e a Administração era que o reajuste seria de 10% e deveria ser votado na última sessão da Câmara do dia 23/06. “Um dia antes da última sessão, ficamos sabendo por terceiros que o reajuste não seria enviado pelo executivo”, disse Joerly Rodrigues Vítor, Presidente da organização laboral.
O presidente do Sindiara e o vice-presidente, Bernardo, foram à prefeitura pedir explicações e esclarecimentos sobre o reajuste como estava acordado, numa longa reunião que durou 4 horas com prefeito, Ivan Neto, e seu assessor, Wolner Santos, que não se chegou a um consenso.
A gestão municipal alegou que caso o reajuste fosse concedido, o município ultrapassaria o limite de 54% da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) de gastos com pessoal. Segundo o prefeito, a questão deu-se em virtude de haver uma decisão judicial recente que obriga o município de Aratuba a pagar o salário mínimo à todos os servidores que recebem meio salário, independente da jornada de trabalho de 20h semanal. Foi posto pela administração que o reajuste só seria possível se os servidores de 20h trabalhassem as 40h, caso contrário, não poderia mais conceder reajuste a nenhuma categoria.
O Sindiara discorda veementemente da postura tomada pelo gestor, pois se tratam de categorias e fundos financeiros diferentes. “Nenhumas das categorias podem ser penalizadas em detrimento da outra, porque se tratam de direitos conquistados e adquiridos”, disse Joerly. Na reunião, o sindicato advertiu que o município pode cumprir a decisão judicial do salário mínimo sem comprometer a LRF, ou seja, remunerando como forma de abono salarial que não incide sobre a folha de pagamento.
Manifestação
Dezenas de professores, alunos e pais marcharam pelas ruas da cidade com cartazes e palavras de ordem com destino ao paço municipal com o intuito de conversar com prefeito municipal e chegar a um consenso sobre a situação desrespeitosa, na qual, os professores passam. O prefeito Ivan Neto não se encontrava na prefeitura e a comissão foi recebida pela chefe de gabinete e pelo secretário da educação, onde ouviram dos professores sua reivindicação.
Cartazes, balões e faixas foram deixados na frente da prefeitura como forma de chamar a atenção das autoridades para o caso dos docentes. Em assembleia, ficou deliberado e agendado nova assembleia para o dia 31 de julho, caso não se tenha um acordo, o segundo semestre letivo pode iniciar com os professores da rede municipal de Aratuba em greve.
Fonte: Fetamce