Plenária defende aliança de trabalhadores e sociedade para salvar serviço público

CUT e demais centrais, além de confederações, federações e sindicatos apontaram a necessidade de uma aliança para barrar o desmonte do Estado brasileiro

Em defesa do serviço público e contra os ataques crescentes e constantes do governo de Jair Bolsonaro contra o setor e os trabalhadores e trabalhadoras, a CUT, CTB, CGTB, Intersindical, CSP-Conlutas e diversas confederações, federações e sindicatos apontaram a necessidade de uma aliança entre servidores públicos e trabalhadores de empresas estatais, organizações e centrais sindicais e a sociedade para barrar o desmonte do Estado brasileiro.

A deliberação é da Plenária Nacional – Em Defesa dos Serviços Públicos Municipal, Estadual e Federal, das Empresas Estatais, do Brasil e dos Trabalhadores, realizada nesta terça-feira (26), no Sindicato dos Bancários de Brasília.

“Precisamos transformar essa plenária em uma jornada de luta. O desmonte do serviço público coloca a sociedade mais pobre em situação de total falta de condições de vida. E se não tivermos uma aliança com o povo, podemos perder essa batalha”, afirma a secretária-geral nacional da CUT, Carmem Foro.

Segundo ela, que considera o projeto político de Bolsonaro um “projeto de morte para o país”, a luta em defesa do serviço público e das empresas estatais deve ser uma “bandeira de todos e todas”. “O que está colocado é um ataque profundo aos mais pobres, que precisam de um posto de saúde, que precisam ir à escola pública, que precisam acessar os Correios” reflete.

Para o representante da CGTB, Flauzino Neto, o ataque do governo federal ao serviço público é parte de uma política que caminha na contramão da geração de riquezas e emprego. “Temos que ter uma pauta para 2020, começando em dezembro deste ano, para não deixarmos o governo sossegado”, sugere.

A estratégia entreguista de Bolsonaro tem objetivos claros. De acordo com o representante da CSP-Conlutas, Paulo Barela, “os ataques de Bolsonaro ao serviço e servidores públicos não vêm só para fazer caixa e o financiamento da dívida pública, mas transferir a estrutura do Estado para a iniciativa privada”.

Neste sentido, a secretária nacional de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT, Jandyra Uehara, lembra que as ações do governo federal são respaldadas “pelo grande capital do Brasil”. “Por trás do governo Bolsonaro, está o apoio às medidas econômicas e às medidas de retirada violenta de direitos dos trabalhadores e do povo. Isso só se sustenta porque tem o apoio  do empresariado, do agronegócio e, principalmente, do capital financeiro”, explica.

No mesmo sentido, a secretária de Comunicação da CUT Brasília, Ana Paula Cusinato, lembra que a mídia é uma grande aliada do governo, e que as críticas feitas à Bolsonaro são superficiais, já que as empresas de comunicação têm interesses diretos na pauta neoliberal. “Não nos esqueçamos que a reforma da Previdência, um dos principais projetos de Bolsonaro, teve o apoio irrestrito da mídia tradicional. Agora, interessados na privatização de todos os serviços, essa mesma mídia ataca servidores e serviço público, de forma indiscriminada.E a gente precisa romper com essa lógica, disputando nossa narrativa junto à sociedade”, alerta.

Diante da conjuntura grave e assustadora, o representante da CTB, Paulo Vinícius, acredita que a plenária desta terça-feira “é um momento histórico para a retomada da resistência, a partir da demonstração de unidade das centrais”. Entretanto, essa unidade, segundo a representante da Intersindical, Edileuza Fortuna, deve vir acompanhada de um “calendário unificado, que atenda as reivindicações dos diversos setores, com o objetivo de barrar não apenas projetos e emendas, mas interromper o projeto político do governo federal, que ataca servidores públicos, mulheres, LGBTs e toda a sociedade”.


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