As mulheres avançam no mercado de trabalho, mas a diferença salarial em relação aos homens continua grande, conforme aponta o relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), “Perfil do Trabalho Decente no Brasil”, divulgado na quinta-feira (19). Entre 1992 e 2009, a diferença salarial variou de 17,3% para 29,3%.
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Nesse mesmo período a proporção entre homens e mulheres no mercado de trabalho passou de 57% em 1992 para 62,9% em 2009, enquanto que a participação masculina caiu de 90% para 86,7%. Com isso, as mulheres representam hoje 44,5% da População Economicamente Ativa, contra índice de 40% em 1992.
Mas apesar dos avanços, quando consideradas as atividades domésticas, as mulheres trabalham mais, cerca de 58 horas semanais, contra 52,9 horas semanais dos homens. Entre as mulheres inseridas formalmente no mercado de trabalho, 90% afirmaram realizar trabalhos domésticos, contra 49,7% dos homens. Por fim, a soma é de 22 horas semanais de trabalhos domésticos para as mulheres, contra 9,5 horas semanais dos homens.
Geração de Riquezas
O relatório também analisa a geração de riquezas por regiões brasileiras através do PIB, nível de emprego por setor produtivo e grau de escolaridade dos trabalhadores. O setor agrícola diminuiu a participação nos empregos, caindo de 20% nos anos de 1990 para 16,4% entre 2004 e 2009. A indústria manteve o índice de 14,8% de absorção de mão-de-obra entre 2004 e 2009. Já a construção civil aumentou a participação de 6,5% para 7,5% entre 2004 e 2009 graças às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas áreas de saneamento, habitação e infra-estrutura.
Estudos
A média de anos de estudo do trabalhador também teve aumento de 0,9 ano, passando de 7,3 para 8,2 anos. Até 2009, apenas o Distrito Federal registrava média de anos de estudo superior a 10 anos – era de 10,3 anos. Em 15 das 27 unidades da federação esse número sequer chegava a 8 anos, o que corresponde a apenas o ensino fundamental.
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Fonte: Caros Amigos
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