Marcha da Esperança: 20 mil trabalhadores vão às ruas contra a destruição dos direitos

O ato foi um movimento unificado da Fetamce, das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e das Centrais Sindicais e aconteceu no dia 10 de novembro no Centro de Fortaleza

A “Marcha da Esperança – Serviços Públicos são Direitos da Classe Trabalhadora”, marcou no Ceará o Dia Nacional de Luta contra as Reformas Trabalhista e da Previdência. A atividade foi liderada pela Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), Centrais Sindicais e Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, reunindo cerca de 20 mil pessoas de 160 municípios cearenses no Centro de Fortaleza durante toda a manhã da sexta-feira dia 10 de novembro.

O ato ocorreu na véspera da data em que entrou em vigor a Reforma Trabalhista, 11 de novembro. A Reforma Trabalhista, aprovada em julho deste ano, retira direitos conquistados pela classe trabalhadora brasileira ao longo de sete décadas, desde 1943, quando ocorreu a primeira edição da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). O movimento marca o Dia Nacional de Paralisação e Luta contra os retrocessos promovidos pelo governo de Michel Temer. Também se uniram à Marcha os movimentos de Juventude, Mulheres, Negros/as, LGBTs, comunidades eclesiais de base, estudantes e trabalhadores de diversas categorias.

Ainda durante a concentração para a atividade, na Praça da Bandeira, o presidente da CUT-CE, Wil Pereira, destacou a força do Ceará em mobilizações e atos nacionais. “Isso é fruto da unidade das centrais e partidos de esquerda. Isso não é mérito de uma central só”, enfatizou Wil, agradecendo ainda aos parlamentares que votaram contra a reforma trabalhista, aos movimentos sociais e aos milhares de trabalhadores e trabalhadoras que também vieram do Interior.

O dirigente reforçou também a importância da luta dos movimentos integrados na Frente Brasil Popular no estado. E lembrou ainda da Campanha Nacional pela Anulação da Reforma Trabalhista, realizada em todo o Brasil, por meio de abaixo-assinado em apoio ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) que anule a medida. Representando a Frente Povo Sem Medo e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Dóris Soares, também apontou a unidade dos movimentos sociais, sindical e partidos de esquerda como a forma de garantia de vitória.

Servidores municipais protagonizam luta na Marcha da Esperança

O destaque da passeata que teve início na Praça Clóvis Beviláqua (da Bandeira) foi a participação dos servidores municipais, que se reúnem em marchas convocadas pelas Fetamce anualmente desde 2010.

“Nosso movimento de rua tem como protagonistas os servidores municipais, que se juntam neste ano a funcionários públicos estaduais e federais numa grande agenda de resistência popular”, disse Enedina Soares, presidenta da Fetamce. A dirigente também reforçou a união de trabalhadores de todos os ramos, partidos de esquerda e movimentos populares ma luta contra tantos retrocessos impostos pelo atual governo.

Para Graça Costa, secretária nacional de Relações do Trabalho da CUT, e representante do ramo dos municipais na Central, o debate é de resistência em todo o país: “Estamos organizando, de forma unificada, um enfrentamento que temos de fazer para o próximo período. O golpe está em curso. Os ataques ocorrem nos setores público e privado e atingem toda a população. O Brasil está sendo vendido a preço de banana. E é necessário mais formação para a resistência na luta de classes. Vamos continuar firmes”, disse.

Soberania nacional e luta de classes em pauta

Uma das paradas que marcaram a caminhada ocorreu na Praça do Ferreira, em frente à Caixa Econômica Federal, que também baixou as portas. Marcos Saraiva, um dos diretores do Sindicato dos Bancários do Ceará, explicou para a população as ameaças ás conquistas sociais representadas pelo banco: “Estamos aqui defendendo o que é público. Se é público, é para todos. Nesse momento em que vivemos, a Caixa é uma das entidades mais atacadas pelo governo Temer. A Caixa é nossa, é do povo, e vai continuar cumprindo seu papel social pelo povo. Vivemos um momento de constantes ataques”, alertou o dirigente.

Diassis Diniz, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no Ceará, também reforçou o perigo dos ataques à classe trabalhadora jamais vistos na história do país. “A reforma trabalhista que está sendo apresentada como solução nacional para a criação de postos de trabalho é, na prática, um retorno ao início do século 19, quando não havia proteção nem sindicatos”, disse.

Saiba Mais
Atos também foram realizados no dia 10 de novembro nas Regiões do Cariri, no Crato, Norte, em Sobral, e Sertões de Crateús, em Crateús. Os eventos foram organizados de forma unitária com partidos de esquerda e as centrais: Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT-CE), Central Sindical e Popular (CSP Conlutas), Central dos Trabalhadores do Brasil no Ceará (CTB-CE) e Intersindical. No ato do Centro da Capital, as lojas também fecharam as portas durante o ato pacífico, que se encerrou por volta do meio-dia.

Veja mais informações e mais detalhes na reportagem especial da TV Fetamce:

"Marcha da Esperança – Serviços Públicos Direitos da Classe Tr…

A "Marcha da Esperança – Serviços Públicos Direitos da Classe Trabalhadora" marcou o Dia Nacional de Paralisação no Ceará. 20 mil pessoas participaram do ato realizado nesta sexta-feira, 10 de novembro. O grande público atendeu ao chamado da Fetamce, das Centrais Sindicais CUT, CSP Conlutas, Intersindical, CSB e CTB, assim como de movimentos sociais, Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e partidos de esquerda. A manifestação aconteceu na véspera da data em que entrará em vigor a Reforma Trabalhista. Veja na #TVFetamce #MarchaDaEsperança #DiaNacionaldeParalisação #DerrubaReforma #ForaTemer #ServiçosPúblicos #DireirosDaClasseTrabalhadora #ResistirELutar

Publicado por Fetamce em Sexta, 10 de novembro de 2017

 

Com informações da CUT Ceará

Fotos: Marcos Adegas


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