IX Marcha combate criminalização dos movimentos e protesta contra políticas de Temer

Sindicatos que representam servidores de 160 municípios cearenses paralisaram as atividades nesta terça-feira, 5 de junho, para participar, em Fortaleza de passeata em defesa do serviço público e em protesto às políticas adotadas pelo Governo Temer, como a redução de investimentos e a crise econômica.

Os trabalhadores participam da Marcha dos Servidores Municipais do Ceará, que chega à nona edição em 2018. Organizada pela Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), o movimento reúne sindicatos filiados, que neste ano se mobilizaram com o tema: “Em defesa da democracia e dos serviços públicos frente à criminalização dos que lutam”.

Entre os temas de discussão do movimento esteve o repúdio à violência contra manifestações populares organizadas por entidades sociais e organizações dos trabalhadores. Destaque para o caso dos protestos de professores de Icó, que foram vítima de ataque policial em fevereiro deste ano.

Na pauta também está presente discussões sobre a conjuntura política do País, que se opõe a Emenda Constitucional que congela investimentos públicos em saúde, educação, assistência, moradia; a reforma trabalhista; a lei de terceirização sem limites; privatização das empresas públicas; e a redução de políticas sociais. O evento fez alusão ainda à luta por sustentabilidade, em pleno dia mundial do meio ambiente.

A passeata, que teve concentração na Praça da Imprensa, foi encerrado na Assembleia Legislativa do Ceará. Na sede do parlamento cearense, uma comissão de deputados, formada pelo 1º vice-presidente, Tin Gomes (PDT), pela quarta secretária, Augusta Brito (PCdoB), pelo líder do governo, Evandro Leitão (PDT), pelo deputado Nestor Bezerra (PSol) e pelo deputado licenciado Renato Roseno (PSol).

Após ouvir as reivindicações dos manifestantes, os parlamentares fizeram propostas. A primeira é a realização de uma pesquisa sobre a situação econômica dos municípios do Ceará, a ser conduzida pelo Conselho de Altos Estudos da Assembleia. Também foi sugerido a realização de audiências públicas. Uma para discutir a criminalização das manifestações sociais e sindicais no interior do estado, sendo convidados para este evento o Comando da Polícia Militar e a Secretaria de Segurança do Ceará. A outra audiência para debater os impactos da Emenda 95 nos municípios. Por fim, a proposta de mediação por parte dos deputados com os prefeitos de municípios com servidores em greve ou estado de mobilização, entre eles Morada Nova, Caririaçu e Lavras da Mangabeira.


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