Governadores buscam união

Um plano conjunto entre Ceará, Maranhão e Piauí já começa a ser executado, a exemplo da Rota das Emoções. A “guerra fiscal” ainda não acabou, mas os primeiros passos para se buscar novamente o desenvolvimento integrado do Nordeste parecem começar a serem dados.


Do Fórum de Governadores do Nordeste, realizado em Fortaleza em novembro do ano passado, percebeu-se que essa preocupação entrou na pauta dos novos caciques políticos regionais. Os governadores, na ocasião, firmaram um plano conjunto para a região, e decidiram pleitear, juntos, US$ 21 bilhões do governo Federal e instituições de fomento para o desenvolvimento local, para os próximos quatro ou cinco anos.


Um plano conjunto é algo já experimentado entre os estados do Ceará, Maranhão e Piauí. Criada em 2008, a Rota das Emoções une as três unidades da Federação em um projeto turístico, que visa promover os destinos de paisagens paradisíacas, como os Lençóis Maranhenses, o Delta do Parnaíba e as praias de Camocim e Jericoacoara, no Ceará. Para isso, projetos em infraestrutura ainda estão sendo concluídos.


Desta vez, o raio de integração é bem maior, envolvendo todos os nove estados nordestinos. O plano foi sugerido pelo governador cearense Cid Gomes, e não define ainda como será feita a distribuição desses recursos entre os estados. O objetivo é investir em setores como logística, estradas, energia e saneamento.


“O plano trata de investimentos em áreas cruciais, em projetos na sua maioria interligados entre os estados, que vão potencializar o desenvolvimento do Nordeste nessas áreas, e também projetos localizados, numa ação totalmente desprendida, porque esses investimentos serão para os próximos gestores, e que começam a ser feitos agora”, explicara o governador de Alagoas, Teotônio Vilela, ao divulgar no evento, a estratégia.


A ideia é construir um consórcio com todos os estados nordestinos e pleitear os recursos em nome dele, mas com as garantias de pagamento que cada estado assume perante o consórcio. De acordo com o planejamento dos governadores, serão buscados US$ 3 bilhões do Banco Mundial – e já há uma manifestação positiva deste em relação ao empréstimo -, US$ 3 bilhões do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), US$ 6 bilhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), US$ 6 bilhões do Governo Federal – o valor anterior era de US$ 3 bilhões – e mais uma contrapartida dos estados da região de US$ 3 bilhões.


De acordo com Eduardo Campos, governador de Pernambuco, a criação do plano garante uma nova visão de desenvolvimento. “No tempo em que o Nordeste estava na disputa por investimentos – a guerra fiscal, que ainda não acabou – nós vimos a União Europeia fazer a junção de países com moeda única, um único parlamento. E nós achávamos que modernidade era disputar entre nós. E esse conjunto, agora, está unindo o Nordeste”, disse à época.


Fonte: Fetamce


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