Na primeira das comemorações festivas dos 25 anos da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), realizado no dia 7 de maio, a organização sindical fez um passeio pela música afrobrasileira. No show Noite Negra – Cantar para a Igualdade, subiram ao palco o maracatu, a capoeira, o samba, o rock, o axé, o reggae, a black music e o baião.
Os responsáveis pela festa foram os grupos Afrobaião, Maracatu Solar, Orum Aiê e Nigroouver, além dos cantores Júlio Jamayka, David Lima e Carolina Rebouças.
“O espírito da nossa festa de hoje foi de reconhecimento, revisão e inclusão. Hoje, truxemos um pouco da cultura negra brasileira e a contribuição do negro na formação da sociedade nacional”, disse Enedina Soares, presidenta da Fetamce.
Mas, além de visitar a cultura, a celebração abordou também uma série de disparidades sociais que ainda são impostas ao povo negro em função da cor da pele e da história de subjugação que sofreram.
Os afro-brasileiros são 51% dos 190 milhões de brasileiros, ou seja, 97 milhões de pessoas. Para a secretária de combate ao racismo da Fetamce, Ninivia Campos, a contribuição dos negros, que por mais de 300 anos foram trazidos da África para cá, foi fundamental para a cultura brasileira. “Hoje reconhecemos os valores africanos na cultura brasileira, tendo em vista que é impossível falar da tradição brasileira sem mencionar as matrizes africanas que a compõe. É hora de reconhecer os valores”, apontou a dirigente.
Fonte: Fetamce