Em reunião do G20, Haddad defende taxar os mais ricos para combater a fome

Ministro ainda criticou a falta de compromisso dos bancos internacionais com a liberação de recursos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), defendeu a taxação dos mais ricos como forma de financiar o combate à fome no mundo, durante a Reunião Ministerial da Força Tarefa para o Estabelecimento de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que acontece no Rio de Janeiro (RJ), nesta quarta-feira (24).

Segundo o ministro, a aplicação de um imposto de 2% sobre as fortunas, hoje isentas de tributos, poderia arrecadar de US$ 200 bilhões a US$ 250 bilhões por ano, o que equivale a “cinco vezes o montante que os dez maiores bancos multilaterais dedicaram ao enfrentamento da fome e da pobreza em 2022”, disse.

“Gostaríamos de explorar outra forma de mobilizar recursos para o combate à fome e a pobreza, e é fazer com que o super ricos paguem sua justa contribuição e impostos. Ao redor do mundo, os super ricos usam uma série de artifícios para evadir os sistemas tributários, isso faz com que o topo da pirâmide do sistema seja regressivo e não progressivo”, declarou.

O ministro ainda criticou os provedores multilaterais de financiamento, que teriam desembolsado menos de um quarto dos recursos prometidos ao combate à fome, e defendeu uma maior eficiência no uso dos recursos.

Aliança contra a fome

A Aliança Global contra a Fome é o principal projeto do Brasil à frente da Presidência do G20, que vai até novembro deste ano, e tem como objetivo atender a um dos principais objetivos da Agenda da ONU 2030: a eliminação da pobreza e da fome no mundo. A reunião desta quarta-feira marca um pré-lançamento da iniciativa, que agora buscará adesões para ser lançada oficialmente na Cúpula do G20, marcada para novembro.


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