No terceiro dia de greve, os professores da rede municipal de ensino de Fortaleza realizam, nesta sexta-feira (20/04), a Marcha em Defesa do Piso. O protesto iniciou na Praça do Ferreira e seguiu até o Paço Municipal, sede do Gabinete do Prefeito Roberto Cláudio.
De acordo com Ana Cristina Guilherme, diretoria do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute), a proposta de greve foi aprovada em assembleia realizada no dia 11 de abril. A categoria reivindica o reajuste do magistério de 6,81%, conforme o previsto em lei.
Enquanto 67 cidades do Ceará já ofereceram reajuste aos professores, conforme levantamento da Fetamce, Fortaleza, o município mais rico do Estado, mais uma vez vai negar este direito à categoria.
Durante o ano de 2017 não houve reajuste para os educadores municipais. Além disso, a Prefeitura quer parcelar o aumento de 2018, pagando a primeira parcela, de 2,95%, agora; e a segunda, de 3,75%, apenas em janeiro do ano que vem – quando já deveria estar em discussão o reajuste de 2019. Revoltados, os profissionais fizeram o velório simbólico do prefeito e da Secretária de Educação, Dalila Saldanha.
Além do reajuste salarial, o pagamento das “pecunhas” integra o topo da lista de pautas reclamadas pela categoria.
Outro grito sobressalente durante a manifestação da categoria foi por melhorias nas situações precárias da estrutura física e das condições de trabalho em unidades escolares da Capital.
Uma assembleia geral de avaliação do movimento já está marcada para a próxima segunda-feira (23/04), às 8h, na ETI Filgueiras Lima (Av. dos Expedicionários, 3910 – Benfica).