Diretor técnico do Dieese aponta alternativas para enfrentar a crise


A conjuntura atual e os desafios para os servidores públicos municipais brasileiros foi o tema das discussões realizadas na manhã desta terça-feira (29), durante a 7ª Plenária Nacional da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT).


O principal convidado do debate foi o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, que criticou os rumos que a conjuntura política e econômica nacional vem tomando.


Para ele, o principal problema neste momento não é unicamente a ameaça a governo, mas a grande possibilidade de não haver condições para a continuidade do projeto progressista que chegou ao poder em 2003 e que garantiu uma série de conquistas sociais para a classe trabalhadora.


Ele explica que a crise moral, fortalecida por setores da direita e pela mídia, agravou os problemas econômicos. O horizonte é devastador. A perspectiva do retorno do projeto neoliberal ao poder significaria, segundo Clemente, menos direitos para os trabalhadores e o corte dos benefícios sociais crescentes da última década.


“Vivemos neste momento uma crise pesada, que está associada à reorganização do setor público e do setor privado. Houve uma paralisia de uma grande frente de investimento, que são as empresas hoje investigadas e fragilizadas pela Operação Lava Jato”, reforçou o representante do Dieese.


Clemente lamentou que a saída encontrada pelo Governo Dilma para a crise econômica tenha sido apertar a base da pirâmide social, com as medidas de austeridade tomadas no ajuste fiscal implantado pela equipe econômica instalada nos Ministérios. Entretanto, o diretor técnico alertou que há alternativas: “o pior corte para o nosso projeto é cortar o investimento. Qual seria o melhor corte? Seria pagar menos da dívida”, propôs. Hoje, no Brasil, dados apontam que 45% do Orçamento da União é gasto com o pagamento de juros da dívida pública.


Clemente falou ainda sobre o último pacote do Governo, que congelou salários e eliminou a possibilidade de aplicação de reajustes já negociados de servidores federais. “Cortar salários é reduzir a capacidade de consumo da economia. É agravar a crise”, disse.


Fonte: Fetamce


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