Após a Prefeitura de Maracanaú aplicar um reajuste de apenas 14,5% para os professores da rede pública de Maracanaú, a categoria aprovou em assembleia, realizada no último dia 10, iniciar greve geral na próxima quarta-feira, 16 de fevereiro.
De acordo com o Sindicato Unificado dos Profissionais em Educação no Município de Maracanaú (Suprema), os profissionais reivindicam reajuste de 33,24% para todos, de acordo com a Lei do Piso Nacional do Magistério (Nº 11.738/2008).
A indignação do grupo é reforçada pelo fato do Governo do Estado e pelo menos 43 prefeituras cearenses já terem aplicado o percentual previsto em portaria do Ministério da Educação. Os trabalhadores citam, em particular, a concessão do benefício em Fortaleza e Caucaia, cidades vizinhas e de grande porte, assim Maracanaú. Nas cidades da Região Metropolitana de Fortaleza, as gestões aplicaram o aumento de mais de 30% de forma linear, impactando toda a tabela vencimental do magistério.
Reivindicações dos professores
Outras pautas também foram reivindicadas pelos educadores, como a demanda por uma melhor estrutura nas unidades escolares, avaliadas como precárias e com riscos à segurança de trabalhadores e estudantes.
Os professores também cobram a progressão salarial na carreira, direito que não vem sendo descumprido pela gestão.
Apoios
O movimento grevista dos profissionais do magistério de Maracanaú é apoiado estadualmente pela Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) e a Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT-CE) e nacionalmente pela Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam) e a CUT Brasil.
“O reajuste salarial de 33,24% para os professores da educação básica é direito e o prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, não está acima da lei. Vamos lutar ao lado dos companheiros de Macaranaú pela garantia do aumento conforme a legislação”, disse Enedina Soares, presidente da Fetamce.