SITES DO PORTAL
Os professores das redes pública e particular de ensino do Ceará serão vacinados a partir da desta semana, segundo anúncio do governador Camilo Santana pelas redes sociais. Os profissionais devem realizar o cadastro na plataforma Saúde Digital.
A decisão foi tomada após reunião com Comitê de Enfrentamento à Covid-19, na tarde da última sexta-feira (21). A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) informou que o tema será pauta da próxima reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), encontro que deve definir detalhes da vacinação deste público.
A inclusão dos profissionais da educação nas fases iniciais do Plano Nacional de Imunização (PNI) vinha sendo solicitada ao Ministério da Saúde desde o ano passado, mas sem resposta, segundo o governador.
“A vacinação dos nossos professores é a melhor forma para garantirmos mais segurança no retorno às aulas presenciais em todas as séries. Tenho convicção de que a educação é o melhor caminho para construirmos um estado mais justo, humano e desenvolvido”, disse Camilo.
Preocupação dos Professores
Embora veja com otimismo a chegada do momento de vacinação da categoria, a Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) espera que a medida não seja uma tentativa de retomar as presenciais antes da vacinação geral da população.
A Covid-19 continua descontrolada no país e os municípios cearenses seguem em nível alto ou altíssimo de contágio, infecção e mortes. Além disso, as unidades de ensino das prefeituras do Ceará seguem, na maioria dos casos, sem a mudança na infraestrutura necessária para receber os educandos nesta nova fase da vida coletiva.
Estas questões, inclusive, são vistas pela Fetamce como os principais fatores para a maioria das cidades do Ceará, conforme levantamento entidade, não terem reaberto, mesmo após o decreto estadual que, semanas atrás, permitiu o ensino presencial até o nono ano.
“Esperamos que haja um rigoroso e efetivo planejamento estadual da vacinação dos professores, que pode começar nos próximos dias e que não haja falta de imunizantes para o conjunto da categoria, como vem acontecendo com outros grupos definidos como prioritários”, defende Enedina Soares.
A dirigente, coloca, por fim, que o Governador Camilo Santana não deve atender ao lobby empresarial, de setores do judiciário e do Ministério Público, assim como de parcela negacionista da sociedade, que enxergam na reabertura das unidades de ensino uma questão meramente econômica. “Neste momento, abrir ou não escolas significa assinar ou não o atestado de óbito de milhares, centenas de milhares de cearenses. A realidade que vivemos, de abertura parcial do comércio, que, sem vacinação geral, o que sobra é a morte”, finaliza Enedina.
