O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (10/01) os percentuais acumulados de 2022 do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O INPC fechou o ano passado em 5,93%, enquanto o IPCA acumulou alta de 5,79% nos últimos 12 meses. A inflação oficial do Brasil mostra, portanto, que os preços seguem em um patamar elevado para o bolso dos brasileiros e acima da meta definida pelo então governo Bolsonaro.
Ambos os índices são usados como referências nas mesas de negociação salarial do ramo dos servidores municipais. Os percentuais são os patamares mínimos exigidos pelas diversas categorias (exceto professores, com mecanismo próprio), para garantir a reposição das remunerações dos trabalhadores.
Nesta terça, o IBGE também informou que o IPCA subiu 0,62% em dezembro, depois da alta de 0,41% em novembro. Para 2022, a meta era de 3,5% com teto de 5%. Embora tenha estourado o teto da meta, ficou bem abaixo do registrado em 2021, quando ficou em 10,06%. A alta de preços dos alimentos foi a que mais pesou no bolso dos brasileiros.
Já o INPC, que mede a inflação percebida por famílias com renda entre um e cinco salários mínimos mensais, entrou em rota de crescimento, que foi de 0,69% em dezembro, após alta de 0,38% em novembro. Ainda assim, os 5,93% são bem inferiores ao “escandalosos” 10,16% de 2021. Até novembro, o resultado acumulado em 12 meses tinha sido de 5,97%. A taxa de 2022 é o menor resultado anual desde 2020 (5,45%).