Liderança econômica
O País deve ir no caminho oposto ao de México e Argentina, cujas economias devem desacelerar, pois se consolida como grande exportadora de minério de ferro e produtos agrícolas. A economia brasileira ganhará força com a expansão da demanda doméstica, disseram economistas, crescendo 3,3% em 2012 e 4,5% em 2013, de acordo com a mediana das estimativas de 35 analistas.
Liderança em desigualdade
De acordo com a pesquisa “Deixados para trás pelo G20”, realizada pela Oxfam – entidade de combate à pobreza e a injustiça social presente em 92 países -, apenas Brasil lidera junto com a África do Sul, que está em primeiro lugar, em termos de desigualdade. Como base de comparação, a pesquisa também examina a participação na renda nacional dos 10% mais pobres da população de outro subgrupo de 12 países, segundo dados do Banco Mundial. Neste quesito, o Brasil apresenta o pior desempenho de todos do G20.
A pesquisa afirma ainda que os países com maior nível de desigualdade são economias emergentes. Além de Brasil e África do Sul, México, Rússia, Argentina, China e Turquia têm os piores resultados. Já as nações com maior igualdade na pesquisa são economias bastante desenvolvidas e com uma renda elevada, como França, Alemanha, Canadá, Itália e Austrália.
Desigualdade e crescimento
Em entrevista para a Caros Amigos, que acaba de chegar nas bancas, a socióloga Débora Prado afirma que o projeto do Brasil é exatamente este evidenciado na matéria, de crescimento econômico baseado na vocação agrícola colonial, pois baseado no agronegócio e na monocultura exploradora. “Esse crescimento do PIB é, na verdade, um fator de agravamento da desigualdade social. E essa desigualdade vai se tornar cada vez mais grave e a presença do Estado na economia cada vez mais frequente. Agora, não se sabe até quando vai ser possível o estado assumir o ônus desses efeitos estruturais do funcionamento do capital aqui na Améria Latina. Esse é um problema que tende a se agravar e a explodir”, explica Débora, falando também das políticas de reparação social e distribuição de renda, que são citadas na pesquisa citada acima como um mecanismos adotados para o combate à pobreza e que foi mais eficaz nos últimos anos.
A expectativa é de que a economia tenha crescido apenas 3% em 2011, sentindo o efeito do aperto fiscal e monetário do primeiro semestre para combater a inflação. Isso marca uma forte desaceleração na comparação com o crescimento registrado em 2010, de 7,5%, e frustrou as estimativas oficiais de 5% de crescimento nos primeiros meses da administração de Dilma Rousseff. Outros membros do G20, como México e Argentina, sem o mesmo potencial oferecido pelo mercado doméstico brasileiro de cerca de 200 milhões de pessoas, terão mais dificuldades para sustentar suas atuais taxas de crescimento. A Argentina sofrerá impacto maior, devido às saídas de capital e expansão menor da política fiscal.
Com informações do Diário do Nordeste e da Revista Caros Amigos
Assessoria de Comunicação – FETAMCE
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Fonte: Fetamce