A prefeita de Beberibe, Michele Queiroz (PL), junta-se ao “mural da vergonha”, como uma das lideranças municipais a imporem os piores reajustes salariais aos servidores. Além de sugerir que os professores tenham somente 7% de reajuste, muito abaixo dos 33,24% estipulados pelos mecanismos da Lei Federal do Piso Nacional do Magistério (Nº 11.738/2008), a chefe do Executivo enviou para a Câmara da cidade projeto que estabelece apenas 5% de aumento para as demais categorias do funcionalismo local.
De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais da cidade, que tem organizado protestos e reunido as carreiras em assembleia, até o momento predominou a intransigência por parte da Prefeitura de Beberibe, que se nega a receber a representação laboral e negociar. Com campanha que leva o lema “Prefeita, respeite os servidores e a servidoras, reajuste e valorização salarial já”, professores e servidores já rejeitaram as propostas de 7% para o magistério e de 5% para os outros trabalhadores.
Os profissionais chegaram a ir às ruas na última segunda-feira, 21, onde receberam o apoio popular. “Cadê os vereadores do município que estão do lado da prefeita e contra o povo”, disse o locutor de um dos carros de som.
A direção do sindicato reforça que os funcionários municipais seguirão resistindo em busca dos direitos negados.
Quem mais está no Mural da vergonha?
Com percentuais abaixo de 33,24% para o magistério (grupo em que os anúncios de aumento já se deram em algumas cidades) também compõem o “mural da vergonha”, Iguatu (10,18%), Itapipoca (25% e 28%), Maracanaú (14,5%), Maranguape (29,68%) e Morada Nova (6,74%). Com apenas 7% para os educadores, Beberibe lidera este ranking do mal.
De acordo com a presidenta da Fetamce, Enedina Soares, nas cidades onde o benefício ainda não foi concedido, a luta será intensificada. “O momento é de avançar na nossa mobilização. Vamos denunciar os prefeitos que descumprem a legislação e conquistar o apoio da sociedade”, declarou.