Balanço 2014-2017: uma Fetamce de todos e de todas

Uma Fetamce plural, democrática, combativa e cada vez mais próxima dos sindicatos de servidores municipais filiados. O balanço político e organizativo da Federação, apresentado no segundo dia do IX Congresso pela presidenta Enedina Soares, evidenciou a força da entidade máxima representativa do ramo dos municipais no Ceará, sua capacidade de mobilização, luta e resistência, em prol dos direitos trabalhistas, do serviço público de qualidade e da democracia no País.

“Foi uma gestão descentralizada, mais presente na base. Diminuímos as distâncias entre a Capital e o interior. Não medimos esforços para acompanhar as greves e mobilizações. Isso foi importante para compreender que a Federação é estadual de fato”, resumiu Enedina Soares, destacando que os coordenadores regionais foram fundamentais para esse sentimento de presença. O trabalho foi reconhecido pelos sindicatos que, ao final da mesa, homenagearam a diretoria, na pessoa da presidenta.

A Gestão 2014-2017, que iniciou no segundo semestre daquele ano, no VIII Congresso em Beberibe, construiu coletivamente uma grande agenda de lutas, pautada na garantia de direitos trabalhistas, na promoção dos direitos humanos e de enfrentamento ao conservadorismo. “Construímos o seminário dos agentes de endemias, saímos em defesa da reforma política, por meio do plebiscito popular, enfrentamos os ataques dos prefeitos de ponta a ponta em nosso Estado”, frisou a presidenta.

Por meio de seminários, encontros, rodas de conversas, processos preparatórios para marchas e jornadas, discussões sobre conjuntura e caravanas, a Direção da Fetamce percorreu praticamente todo o Estado, uma prova de que o último mandato foi construído com muitas mãos, por meio de debates e diálogos junto às organizações sindicais filiadas. “Demos visibilidade à luta LGBT com a participação na parada da diversidade. Realizamos as jornadas da Diversidade e da Resistência, as marchas, a campanha salarial e comemorações, como a Noite Negra e a Noite Feminista”.

Ao mesmo tempo em que ampliou a atuação no Estado, chegando a 153 sindicatos filiados, o que representa um universo de 160 municípios cearenses, a Fetamce retomou seu protagonismo no sindicalismo internacional, participando ativamente das iniciativas organizadas pela Internacional de Serviços Públicos (ISP). “Tivemos diretores participando de atividades em vários países, discutindo uma série de temáticas, levando para a ISP os resultados exitosos de nossas ações”, pontuou Enedina Soares.

Luta contra o golpe e fortalecimento da comunicação
Para além das agendas próprias, a Federação teve também papel importante na luta contra o golpe e pela retomada da Democracia no Brasil. “Ajudamos a construir todos os atos de massa realizados pela classe trabalhadora no Ceará contra a retirada dos direitos trabalhistas, os retrocessos sociais e o impeachment da presidenta Dilma”, enumerou a presidenta da Fetamce.

Além disso, a Federação coordenou o maior movimento de rua conjunto da história do ramo dos municipais no Ceará, que culminou na participação massiva desses servidores públicos organizados na Greve Geral de 28 de abril. Foram realizados atos em 76 cidades, com milhares de trabalhadores aderindo ao movimento paredista contra as reformas trabalhista e previdenciária, bem como a lei da terceirização irrestrita e o congelamento dos gastos públicos por 20 anos.

Nesse cenário de disputa ideológica, a Fetamce fortaleceu sua comunicação, criando a TV Fetamce e, posteriormente, a TV Democracia, canais que fazem a cobertura das lutas dos servidores públicos municipais e da classe trabalhadora cearense, respectivamente. “Entendemos que o enfrentamento ao golpe requer a realização de uma contra narrativa à cobertura da mídia empresarial. Por isso, disponibilizamos nossa estrutura de comunicação a serviço da resistência, dando voz aos atores sociais do campo progressista”, explicou Enedina Soares.

Durante a mesa, foram lançadas duas edições da Revista F, com os temas Justiça Fiscal e Balanço de Gestão – um sindicalismo diferente, revolucionário e transformador. “Cada Revista F traz um tema importante a ser debatido e disseminado na sociedade, de acordo com a visão da classe trabalhadora sobre esse tema e com aprofundamento de especialistas”, comentou a presidenta. O veículo impresso é também uma forma de produzir e disseminar informações que contribuam para o fortalecimento da classe trabalhadora.


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