A Fetamce realizou, na tarde desta terça-feira (25), mais uma edição do Estúdio F, desta vez, com o tema “De Dandara à Marielle: nossa luta em defesa dos serviços públicos vem de muito antes”.
Sob mediação de Kátia Rogéria, titular do Conselho Fiscal da Fetamce, e Kellynia Farias, diretora da Federação, o programa recebeu a professora da UNILAB Matilde Ribeiro; a doutora em Comunicação e membra da Conajira Luizete Vicente; e a mestranda em Humanidades e quilombola Marleide Nascimento.
Matilde ressaltou a importância da participação de mulheres pretas na esfera pública. Segundo ela, essa população lança um olhar diferenciado na intervenção social que busca a igualdade.
“Precisamos acabar com a lógica da invisibilização que se impõe às mulheres negras”, afirma.
Marleide contemplou, em sua fala, o sofrimento social e político de desigualdade e fome que assola as populações negra e de quilombos. Ela denunciou, em sua fala, a negligência do poder público frente aos desafios enfrentados por esses povos.
“Muitas mulheres do meu quilombo estão à frente da luta. Precisamos conhecer essas histórias para compreender o quanto esses territórios são sagrados para essas coletividades”.
Luizete destacou a importância de continuidade da luta mesmo no cenário atual de reconstrução do Brasil em um governo progressista.
“A gente precisa pensar no investimento em ações afirmativas e no fortalecimento de políticas voltadas às mulheres negras. Tudo o que foi conquistado ainda é frágil diante do cenário de perseguição que sofremos constantemente”.
O programa permanecerá disponível nos perfis da Fetamce nas redes sociais.