“Você não pode realizar cem por cento em seu trabalho se tem medo de que alguém descubra quem você ama”, disse Shauna Olney, chefe de gênero, igualdade, diversidade e instrumentos sobre HIV e AIDS e o mundo do trabalho na Organização Internacional do Trabalho (OIT), quando se dirigiu ao Fórum LGBT da Internacional Serviços Públicos (ISP), na segunda-feira (30/10).
Olney disse que a OIT trabalha nestes temas há vários anos. Hoje, a homossexualidade ainda está proibida em 70 países do mundo. “Temos um longo caminho a percorrer”, disse ela.
Ela mencionou especialmente a Convecção 111 da OIT, que foi escrita em 1958. A convenção proíbe todos os tipos de discriminação e, embora não mencione diretamente a discriminação sexual, ela também inclui tal discriminação, explicou Shauna Olney.
Daniel Lafrenière, da Education International, também falou no fórum LGBT.
“Nossa missão é proteger os direitos das pessoas. Isso vale para todos os trabalhadores. Todos os sindicatos devem lutar contra o ódio e o assédio. Devemos lembrar que essas atitudes não desaparecem durante a noite, apenas por causa de novas leis e regulamentos”, disse ele.

O secretário LGBT da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), Rafael Fernandes, participou da atividade. O encontro setorial integra a programação oficial do 30º Congresso Mundial da ISP.
O dirigente cearense falou que todas as experiências e debates produzidos no fórum serão fundamentais para a estruturação de novas linhas de trabalho no Brasil, através do Comitê LGBT nacional da Internacional, e no Ceará, através da liderança da Fetamce.
Tradução e Edição: Rafael Mesquita
Fonte: ISP