Por mais direitos, contra o fascismo, contra as reformas e em defesa de Lula, as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo organizaram nesta terça-feira, 1º de maio, o tradicional Ato Público em alusão ao dia do trabalhador e da trabalhadora. 15 mil pessoas participaram da manifestação em Fortaleza. A concentração foi no Ginásio Poliesportivo da Parangaba. A passeata seguiu percorreu a Avenida Silas Munguba e encerrou-se na Praça da Cruz Grande, na Serrinha.
As palavras de ordem denunciavam os retrocessos impostos pelo presidente golpista Michel Temer (MDB). Para o professor Francisco de Assis Cavalcante, 63, um dos manifestantes, o ato defende a liberdade no Brasil. “Vivemos ditadura e não é isso o que o trabalhador deseja. E hoje é dia do trabalhador. Precisamos ocupar as ruas buscando nossos direitos. A classe está carente de união das forças democráticas para um levante contra a direita parasita, para combater o fascismo e a retirada de direitos”.
Para Wil Pereira, presidente da CUT Ceará, “este 1º de Maio é o primeiro depois da estúpida aprovação da reforma trabalhista e, por isso, essa data e o lançamento deste ganha ainda mais força”, disse.
De fato, o povo já sobre as consequências nocivas da reforma trabalhista. Desde que as mudanças na CLT entraram em vigência, no ano passado, a taxa de desemprego não parou de subir. Além do aumento do desemprego, também verifica-se a perda real da renda média do trabalhador brasileiro.
A verdade é que a nova lei causou insegurança jurídica, trazendo a possibilidade de contratação sem concurso público e a falta de responsabilização das empresas em caso de acidentes de trabalho, por exemplo.
Enedina Soares, presidente da Fetamce, entende que em 2018, ano eleitoral, a população deve retirar do Congresso, das Assembleias Legislativas, dos Governos Estaduais e da Presidência do país todos os políticos que governam contra os interesses da classe trabalhadora. “Mais do lamentar, este ano temos que agir, acabando com a carreira política dos golpistas deste país, que governam e legislam contra os interesses do nosso povo. Precisamos eleger nomes que tenham compromisso com a revogação da reforma trabalhista, da Emenda 95 que congela os investimentos nos serviços públicos e aprovar as reformas estratégicas que precisamos, tributária, política e dos meios de comunicação”, discursou.
Atos culturais fizeram parte da agenda no local na Praça, com apresentação de artistas locais.
Com informações do O Povo
Fotos: Marcos Adegas / Fetamce