Por que o Brasil segue sem vacina e perdendo vidas para a Covid-19?

Enquanto vários dos principais países do mundo iniciam ou se preparam para iniciar nos próximos dias a vacinar sua população contra a Covid-19, o Brasil segue sem vacina, pois, apesar de apresentar um arremedo de um plano nacional de imunização, o Governo Federal não fechou nenhum contrato de fornecimento de vacina.

Ao mesmo tempo, a administração Bolsonaro mente ao afirmar que era preciso ter as vacinas aprovadas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para poder adquirir os imunizantes. A verdade é que os países que iniciaram a vacinação fecharam contratos e reservaram quantidades a partir do momento que os laboratórios alcançavam nos primeiros resultados positivos nos testes. Também não houve interesse do Estado brasileiro de trazer as pesquisas para o país, que demandaria uma atuação mais ativa do Ministério da Saúde no processo. Se não fosse a vontade de pesquisadores, reitores de universidades e até de alguns governadores, como é o caso de São Paulo, nenhum teste estaria sendo realizado no Brasil. Assim, o interesse de determinado produtor de imunizante de pedir registro na Anvisa está diretamente vinculado à demanda local. Se não há compra assegurada, as empresas correm para nações onde há acordo fechado.

No fim das contas, os brasileiros seguem sem saber quando e se de fato poderão se vacinar. Mesmo após pelo menos três pedidos de esclarecimento do STF (Supremo Tribunal Federal), o governo não estipulou uma data para o início da vacinação e a hipótese de receber o medicamento é muito restrita, pois outra problemática é que não há previsão de cobertura total dos mais de 200 milhões que habitam o Brasil.

Com quase 7 milhões de infectados e mais de 182 mil mortes causadas pela doença, o país é o segundo com maior número de mortos no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, uma posição vergonhosa e que denota claramente a falta de uma política centralizada e efetiva de combate e prevenção à doença. Ao mesmo tempo, as estatísticas e estudos mostram que o Estado, que o Governo Federal, tem parcela de culpa no avanço da calamidade, ou seja, Bolsonaro tem sangue nas mãos e o país vive um verdadeiro genocídio. São mortes que poderiam ser evitadas.

Para complicar ainda mais o quadro, o presidente do país segue minimizando os efeitos da doença e ideologizando o assunto, o que só complica ainda mais a situação e jogando a favor do vírus, que segue matando diariamente centenas de brasileiros, enquanto as principais autoridades políticas e sanitárias do país insistem em uma postura negacionista e de chacota com a dor das famílias que perderam alguns de seus entes queridos.

Realidade cruel de um país que é governado por pessoas insensíveis à dor da maioria da população, por verdadeiros assassinos.


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