Mesmo com propostas abaixo do que foi reivindicado na Campanha Salarial 2020 dos Servidores de Tururu, a Câmara Municipal aprovou na última quarta-feira (05/02) três projetos de lei que versavam sobre os reajustes salariais de diversas categorias do serviço público municipal da localidade.
O primeiro (PL nº 003/01/2020) abordava os aumentos dos professores, que ficaram em 12,84% para os profissionais com ensino médio e em apenas 4,71% para os demais níveis (graduados e pós-graduados).
Já o PL nº 005/01/2020 tratava da revisão de vencimentos, também em 4,71%, para os cargos de assistente social, cirurgião dentista, educador físico, nutricionista, terapeuta ocupacional e enfermeiros.
E, por fim, o projeto nº 001/01/2020, que regulamentava o reajuste salarial dos servidores que recebem o salário mínimo no município.
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Itapipoca, Tururu e Uruburetama criticou as medidas que, conforme a entidade, não asseguraram as demandas dos trabalhadores.
No caso dos professores, a classe defende 12,84% linear, ou seja, beneficiando igualmente todos os níveis de formação da carreira do magistério local. “O Sindsep entende que o índice de 4,71% aplicado aos professores de nível superior e pós-graduados não valoriza a categoria do Magistério como um todo e comete uma profunda injustiça com quem investe em suas carreiras”, afirma nota assinada pelos representantes laborais.
Quanto aos demais funcionários públicos, a organização laboral destacou que o PL 005 deixa de fora outras categorias, a exemplo de motoristas, secretários escolares e agentes administrativos que não possuem nível superior e não foram contemplados com o reajuste de 4,71%. “Estão promovendo ainda mais injustiça salarial”, diz o sindicato.
O Sindsep reprova a decisão da prefeita Maria de Fátima Galdino Albuquerque, que teria optado por impor propostas aquém do que é direito dos servidores.
Diante dos fatos, o sindicato convocou uma Assembleia Geral Extraordinária, que acontece no dia 11 de fevereiro, às 10h30, para que os trabalhadores de Tururu avaliem o contexto e deliberarem estratégias de mobilização e luta.
“Vamos nos manter firmes, buscando negociação e seguir lutando pela garantir de um reajuste digno para os servidores. A esperança tá na rua”, finaliza a organização classista.