Estudo detalhado sobre os últimos anos de gestão do Instituto de Previdência do Município de Canindé (IPMC) revela a alarmente trajetória da dívida do órgão, que, em 2017, era de R$ 134 milhões e, atualmente, atinge a preocupante cifra de R$ 830 milhões. O dado é parte do documento “Os Dilemas da Previdência Própria do Município de Canindé”, produzido pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Canindé (SINDSEC).
A cartilha com os detalhes da denúncia foi distribuída no último sábado (7) durante a 30ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas no município. A denúncia ecoou em meio a outras demandas da classe trabalhadora, como o fim do confisco de salários, o combate à fome e a valorização do serviço público.
“Esse aumento exponencial do déficit atuarial levanta sérias dúvidas sobre a responsabilidade e a competência dos gestores públicos ao longo dos anos”, destaca Regina Lemos, presidenta do SINDSEC.
As informações contidas no Demonstrativo de Informações Previdenciárias e Repasses (DIPR), com base nos dados do Sistema de Informações dos Regimes Públicos de Previdência Social (CADPREV) de 2024, revelam discrepâncias significativas entre os valores devidos e os efetivamente repassados tanto pelo ente patronal quanto pelos servidores.
O montante devido, somando a contribuição patronal e a dos servidores, chega a R$ 6.910.704,31, evidenciando a gravidade da situação previdenciária no município.
O Grito dos Excluídos e Excluídas, mais uma vez, serviu como palco para a luta por direitos e justiça social, unindo as vozes de quem busca um país mais justo e equitativo.
“O SINDSEC reafirma seu compromisso com a classe trabalhadora, cobrando transparência e responsabilidade dos gestores públicos”, ressalta Aurenice Santiago, vice- presidenta da entidade.
A cartilha completa pode ser consultada aqui.