Depois de passar por Várzea Alegre, a caravana da Fetamce e sindicatos chegou a Quixadá. Em ato público realizado na porta da Prefeitura da cidade, no último dia 10 de agosto, os servidores repudiaram o atraso de salários e a apropriação indébita pelo município dos valores referentes a empréstimos consignados, que não foram repassados aos brancos. A situação atinge pelo menos mil trabalhadores.
O problema surgiu há três meses, mas somente agora os servidores sofrem os efeitos, pois foram incluídos como inadimplentes na Serasa e no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Alguns tiveram, inclusive, corte do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES).
Os servidores reclamam também da falta de um calendário de pagamento dos seus salários. A situação atinge com mais força funcionários da Educação, Saúde e aposentados.
Toda a atividade foi marcada por tensão. Seguranças contratados pela prefeitura impediram o acesso ao prédio municipal e assediaram manifestantes. Porém, a pressão provocada pelo ato surtiu efeito e os servidores conseguiram entrar na prefeitura. Uma comissão de representantes do município recebeu os dirigentes da CUT, da Fetamce e do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Quixadá e Região (Sindsep).
No encontro, o Poder Público anunciou que nesta segunda-feira estaria realizando o pagamento dos salários dos funcionários da Saúde, da Coleta Urbana e de aposentados. O resto continuaria em atraso. Até o momento, só haviam recebido salários os professores. Afirmaram ainda que estão fechando até a próxima semana a folha de pagamento de contratos temporários.
Quanto aos empréstimos, eles afirmaram que só podem, no momento, pagar o mês de maio e somente à Caixa Econômica Federal. Ficam pendentes os repasses de junho e julho. Já sobre os contratos consignados com o Banco do Brasil, a prefeitura permanece devendo até encontrar uma solução para a crise financeira alegada.
Uma nova reunião ficou agenda para o próximo dia 13 de agosto, quando o município deve apresentar novas propostas para a solução da crise. O Sindsep afirma que permanecerá mobilizando os trabalhadores e cobrou do município uma prestação de contas públicas, para que todos possam tomar conhecimento da real situação financeira da cidade.
Fonte: Fetamce