O lixo já começa a se acumular pela cidade de Quixadá, no Sertão Central do Ceará. Em assembleia geral na última quarta-feira (24), os garis do município deflagravam greve após quase dois meses sem receber salário. A categoria já estava em paralisação, com 30% do efetivo em serviço, aguardando o pagamento para o dia 24/09. Contudo, a Prefeitura não pagou e os garis decidiram entrar em greve geral.
Nesta quinta (25), os trabalhadores fizeram passeata pelas ruas de Quixadá e caminharam até a Câmara Municipal, onde foram recebidos pelos vereadores. Todos os parlamentares apoiaram a causa e o presidente da Casa, vereador Pedro Baquit, assumiu o compromisso de marcar uma audiência com o prefeito João Hudson para resolver a impasse.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Quixadá e Região (Sindsep), Neiva Esteves, a empresa terceirizada e a Prefeitura foram procurados diversas vezes e não deram resposta. “A situação piorou muito porque, diante do silêncio da Administração, os garis começaram a passar fome”.
Para tentar amenizar a situação, o Sindsep, com o apoio de outras organizações, doou 70 cestas básicas para os garis.
Secretária Nacional de Relações do Trabalho da CUT, Graça Costa, avalia a situação como grave. “O Brasil que acabou de sair do Mapa da Fome graças à força do Governo Popular não tem como tolerar de forma alguma que famílias brasileiras não tenham comida. A CUT Nacional apoia a paralisação dos garis, que são os mais vulneráveis no desastre da terceirização em Quixadá”, destaca.
Fonte: Fetamce